Violência Doméstica, Assédio Moral… vítima? Não mais!

Violência Doméstica, Assédio Moral... vítima? Não mais!

Violência Doméstica, Assédio Moral… vítima? Não mais!

Muito prazer…eu sou Alice Avelar. De Vítima à Protagonista…Essa é a minha história!

13 anos de casamento… 2 filhos…1 neta e, hoje, 7 anos após o divórcio, uma vida conquistada passo a passo com muito foco e determinação!

18 anos de Recursos Humanos…18 anos de experiências Corporativas…1 ano e meio de assédio moral no trabalho…7 meses de Burnout…1 ano de sabático….5 anos como Empreendedora …e ainda muitas experiências e aprendizados!

“A minha história é real e a compartilho aqui para inspirar e empoderar todas as mulheres que pensem, em algum momento, desistir!!!” 

Eu tinha tudo que uma mulher busca na vida: Um casamento que parecia ser perfeito, uma vida estabilizada, um emprego dos sonhos. Mas, no meio da jornada percebi que não era bem assim.

O grande divisor de águas

Como em “casa de ferreiro o espeto é de pau”, sendo Psicóloga formada há anos, Coach de Carreira e Especialista em Comportamento Humano acreditava que, cuidando das pessoas eu estaria também automaticamente me curando. Só que não!

Entendi que precisava cuidar de mim e fui buscar uma terapia!!!

“Foi então que percebi que, toda aquela vida de princesa, era na verdade uma ilusão. Eu estava presa na torre da “Rapunzel” e o Príncipe era, na verdade, um sapo… ” 🐸

Nessa altura da vida, 40 anos de idade, comecei a me redescobrir, a voltar a encontrar com a minha essência…a me libertar de amarras que me prendiam e sufocavam.  Eu estava casada com um cara super legal, que dominava as rodas de conversa, que fazia as pessoas se divertirem muito.

Aos olhos de todos os amigos e da minha família, ele era perfeito!!!

Quando iniciei a terapia, passei a “descascar” as camadas de minha vida, como se descascasse uma cebola. Sessão a sessão fui tomando consciência e dando luz a percepções que até então, estavam ocultas aos meus olhos.

O meu mundo perfeito começou a desmoronar!

O super companheiro, marido fiel e super presente, era na verdade um belo de um controlador e manipulador nato.

No início, comecei a negar a mim mesma que estava vivendo em um relacionamento tóxico e acreditei que estava ficando louca!

Eu me perguntava dia e noite: como eu poderia não ter notado um comportamento tão abusivo e castrador por tanto tempo?  Eu era então a maior culpada? Mas será?

O contexto

Ainda no período de namoro (2010), quando eu estava em uma viagem de estudos no Canadá, ele “quebrou” a senha do meu computador e acessou e-mails antigos de relacionamentos anteriores ao nosso.

Buscou detalhes desses relacionamentos anteriores e eu, sem muito refletir na invasão de privacidade que ele tinha cometido, me coloquei na condição de explicar todas as dúvidas dele para esclarecer a temporalidade dos fatos e encerrar logo com o assunto.

Ao retornar ao Brasil, aceitei o pedido de desculpas dele e aceitei o pedido de casamento. Imagina isso!?

Assim se passaram 8 anos.

Quando então, grávida do meu 2º filho, muito fragilizada emocionalmente, pois ainda na gestação descobrimos que o bebê tinha uma condição especial de má formação, chamada mielo meningocele ou espinha bífida, no popular.

Com 27 semanas de gestação eu e o bebê passamos por uma cirurgia delicadíssima, onde meu útero foi retirado do abdômen e meu filho operado nas costas.  Esta foi só a 1ª cirurgia de várias. Hoje, com 11 anos, é um menino com uma vida plena. 

Voltando à relação abusiva. Quando enfim, meu filho já podia ficar sem meus cuidados diários, claro que com o suporte de meus pais, do marido e da babá, eu assumi uma posição de Diretora de RH LATAM e viajava por semanas, chegando a ficar 27 dias rodando países diferentes da América Latina para selecionar novos profissionais para minha equipe. 

Era uma viagem em trio: Eu, uma consultora de Recrutamento e Seleção e meu chefe (CHRO Global). 

Quando o amor é desculpa para o controle

Durante essa mesma viagem, indo de um país para o outro, decidi passar o final de semana em Miami para fazer umas reuniões e umas compras em outlets.

Em um belo sábado, quem bate à minha porta no hotel? Meu marido (ex-hoje), com a justificativa de me fazer uma surpresa: celebrar nossos 10 anos de relacionamento. Nunca passei por uma situação tão constrangedora porque eu estava ali a trabalho e não por lazer.

Nunca me senti tão invadida!!! Acabei tendo que apresentá-lo a todas as pessoas, ele participou das reuniões de trabalho e toda parte social que estava programada com a consultora e meu chefe.

Todos foram muito gentis com ele e no final deu tudo certo, mas isso causou um estresse tremendo e foi então que comecei a desconfiar que a real razão para a “surpresa” era a desconfiança dele de que eu podia estar tendo um caso com meu chefe. BINGO! Acertei na mosca.

PRESTEM ATENÇÃO: de romântico, este tipo de comportamento não tem nada! Ciúmes não é nada bom e só mostra desconfiança e insegurança. Isso precisa ficar bem claro.

Nesta altura da relação eu tentava encontrar caminhos na minha terapia para salvar o casamento. Conversei abertamente com ele várias vezes, mas o comportamento de controle foi crescendo até virar perseguição.

Eu mudei de emprego para a empresa dos sonhos de todas as gerações, também na posição de Diretora de RH LATAM. Nesta empresa, por ser muito visada no mercado, a segurança dos executivos e de todos os colaboradores era muito forte.

Foi então que a área de segurança percebeu um número de celular que me seguia diariamente. Era muito estranho. Eu saía para almoçar nos mais diferentes horários, e era eu sair e ele me ligar, pois ele sabia bem onde eu estava, mas ligava e me perguntava onde eu estava, para ver se eu mentiria.

Nesta altura, até meu filho mais velho já tinha percebido o comportamento obsessivo dele e me cobrava uma atitude, o que me deixava mais certa de que ali, eu não queria ficar.

Meu ponto final na relação

Com a relação já desgastada, decidi colocar um ponto final. Chamei meus pais e informei o que estava acontecendo. Eles levaram um susto!

Meu erro foi não o tirar de casa. Para que meu filho menor não sentisse uma quebra brusca na rotina, disse ao meu marido para que ficasse até encontrar um lugar, e passamos a dormir em quartos separados.

Qual não foi a minha surpresa quando encontrei uma escuta debaixo da lixeira do banheiro do quarto onde eu estava dormindo. Fiquei APAVORADA!!!!

A área de segurança da minha empresa me alertou e me acompanhou à delegacia para me apoiar a prestar queixa com base na Lei Maria da Penha que naquela época levava 3 meses para afastar o assediador de casa. Pedi a meu pai que fosse passar esta temporada comigo.

A empresa dos sonhos virou pesadelo

Mexi em um vespeiro

Minha chefe se incomodou, queria evitar que algumas denúncias de assédio moral progredissem e passou a me minar, me assediar. Cheguei a refazer uma planilha 37 vezes.

Antes de levar as tais denúncias ao time de investigação minha avaliação era excelente, e depois virei péssima. Debochava de mim na frente de outras pessoas. Durante as reuniões ria do meu inglês e me corrigia na frente de todos.

“Mas eu já não era a Alice que se sentia frágil, mas a Alice mulher, consciente de quem era e das minhas escolhas perante a vida.”

Tive que passar pela equipe da América Latina e denunciar todos os assédios morais diretamente ao presidente da empresa, com todas as provas e fatos que tinha em mãos.

Mas isso me custou muito mais caro do que podia imaginar! Tive burnout e me afastei. No meu retorno, ela já tinha sido desligada e eu decidi também encerrar o meu ciclo ali.

Dica de ouro

Atenção se você está em uma relação em que se sente culpada do comportamento impositivo do parceiro ou relações de trabalho. Nem toda violência doméstica é física. Homens e pessoas narcisistas agem com a desculpa da atenção e do amor para manipular a situação e fazer de você a louca.

Março é o mês da Mulher, mas o ano é todo seu para viver a sua vida com as suas escolhas do que é melhor para você!

Escolha se conhecer e se reconhecer…se colocar à prova e a ter coragem de subir, respirar e mergulhar novamente no que há de mais incrível…você própria!!!

Você vai escolher sobreviver ou viver?

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Alice Avelar é executiva em Recursos Humanos, especialista em carreira, psicóloga de adultos e jovens, além de uma mulher dona de si!

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O poder das escolhas para o equilíbrio da vida de @eliene-dalvi

Quantas vidas você tem? de Andréa Destri @admin

✨Imagem gerada pela friendsBee por meio da IA do Canva

friendsBee, polinizando o bem 🌻

Você assume sua parte da responsabilidade ou busca culpados?

Responsabilidade ou Culpa?

Assumir a responsabilidade; é mais fácil falar do que fazer.

Vamos falar de como lidar com isso.

Nós, seres humanos, viemos a este mundo equipados com genes que têm um mecanismo de defesa embutido, ou seja, uma imunidade inata. No entanto, nossas células de imunidade, chamadas de anticorpos, não culpam os constantes invasores, muito pelo contrário, elas assumem seu papel quando algo acontece e trabalham para equilibrar nossos corpos e nos proteger de doenças.

Eu admiro muito a maneira como nosso próprio corpo assume a responsabilidade por nossa má dieta ou estilo de vida, em vez de sair culpando e não fazer nada.

Transferir a responsabilidade da culpa também é um mecanismo defesa com o qual viemos equipados, mas que não deveríamos usar. Nós nos tornamos vítimas do hábito de transferir a responsabilidade sempre que nos sentimos atingidos. Tudo começa com a sensação de impotência que acaba se transformando em um comportamento narcisista, isso acontece quando não temos a consciência na nossa própria responsabilidade pelas coisas que acontecem em nossas vidas.

Por que temos o costume de transferir a responsabilidade da culpa?

Transferir a culpa é uma tentativa de transferir a responsabilidade de nossos atos para outras pessoas. É uma forma de abuso emocional e assédio mental para que o real culpado se isente de sua responsabilidade e possa ser o “mocinho da história”.

Também é muito sutil, porque às vezes não sabemos se estamos aumentando os limites do suporte acordado ou realmente culpando alguém.

Por que você os culpa, ou eles te culpam?

A princípio nos sentimos como uma vítima impotente perante alguém ou alguma situação. Usamos a culpa como uma distração, nos levando para longe da nossa própria responsabilidade, ou da nossa capacidade de buscar nossa força interior.  

Normalmente o comportamento narcisista começa com hábitos de culpar os outros. Este tipo de pessoa não admite seus erros, escorregões ou falhas, e tem um desejo de se sentir, de alguma forma, superior.

E, assim, acha uma forma de virar o jogo e culpar alguém. Existe constantemente um desejo irresistível de permanecer como a pessoa mais importante da situação.

Enquanto você está no meio de uma discussão, se você se encontrar tentando provar que a outra pessoa está errada em vez de encontrar uma solução, você está jogando o jogo da culpa.
Você está empenhado em garantir que seu valor seja alardeado, e ninguém identificará seu erro. Em suma, auto importância exagerada, mas baixa autoestima.

Mas por que você faz isso?

À medida que crescemos, muitos de nós somos feridos, traídos e julgados sem razões válidas. Isso nos leva a criar paredes como um mecanismo de defesa. Então é comum às vezes não admitirmos nossos erros porque tememos o que pode vir depois disso. Para nos sentirmos seguros, nossa mente ativa este mecanismo de defesa que é a transferência de culpa.

Além disso, quando você está continuamente exposto a um ambiente narcisista, você pode ser contagiado por estes hábitos e constantemente copiá-los. Se você se sente assim, é pela dor que lhe foi causada por este ambiente.

Mas você acha que culpar os outros vai ajudá-lo a superar suas dificuldades?

Enquanto você culpar os outros por cada adversidade da sua vida, você nunca desenvolverá o poder da autoconfiança. Mesmo que você saiba que uma outra pessoa também fez algo errado, a sua parcela de responsabilidade você ainda pode assumir. Quando você aceitar e assumir a sua responsabilidade, você não mais irá em busca das falhas dos outros.

Como lidar com a transferência da responsabilidade de culpa?

Bem, há dois lugares onde muitas vezes acontecem discussões como estas: nos relacionamentos profissionais e nos pessoais.

Quando você culpa seus colegas de trabalho, isso impede seu crescimento em sua carreira e seu desenvolvimento pessoal. Já nos relacionamentos pessoais, transferir a responsabilidade da culpa pode deixar cicatrizes profundas e dolorosas, porque isso pode impactar a tranquilidade de uma família inteira. Pode causar danos muito mais profundos do que você imagina.

a) Nos relacionamentos profissionais

Imagine que você é um gerente de produto em uma empresa famosa internacional. Seu CEO lhe deu um ano de cronograma para lançar um aplicativo como o Tik-Tok, com objetivo de expandir para o mercado internacional de entretenimento.

Você projetou, desenvolveu e está pronto para lançá-lo. Infelizmente, sua equipe técnica não conseguiu fazer alguns testes e o aplicativo ficou fora do ar bem no dia do lançamento. Houve um enorme prejuízo para sua empresa por causa dessa surpresa desagradável. Seu chefe pede uma reunião com toda a sua equipe.

O que você diz a ele?

“Eu não fiz nada de errado. Foram eles, foi um erro da equipe de tecnologia.”

Se você alegar que foi a culpa da equipe técnica, você perde a oportunidade de se tornar uma pessoa confiante e acalmar a ira do seu chefe. O ideal é você aceitar que você falhou em verificar novamente todas as etapas do processo antes do dia do lançamento, se você o tivesse feito teria tempo hábil para tomar providencias necessárias e evitar pelo menos parte do prejuízo.

Quando culpamos nossos colegas por tudo, perdemos a chance de crescer em nossas carreiras, de crescermos como pessoas.

Aprender a lidar com conflitos no trabalho buscando uma solução em vez de “jogar pessoas no fogo” irá moldá-lo em um profissional de ponta. Assumir a responsabilidade também lhe dá uma perspectiva de liderança.

Então, para lidar com conflitos no trabalho sem se tornar a vítima ou fazer outras vítimas, você deve seguir algumas regras básicas que vou descrever abaixo:

1. Coloque os objetivos dos projetos como prioridade máxima e faça a revisão das tarefas necessárias constantemente.

2. Trabalhe com foco no seu crescimento pessoal, isso irá fazer sua equipe crescer e, consequentemente, a sua empresa.

3. Aceite apenas os seus defeitos, não há necessidade de fazer o papel de Madre Teresa. Se algo errado ocorreu que envolva outros departamentos, assuma o erro que lhe compete, sem culpar colegas de trabalho.

4. Não aponte os erros de seus companheiros de equipe ou colegas. Em vez disso, dê-lhes um feedback construtivo. Se você tem que criticar algo, comece com uma observação positiva.

5. Fique longe de pessoas dramáticas. Quando você está com raiva, triste ou emocionalmente vulnerável, pense duas vezes com quem irá compartilhar seus sentimentos e observações. Cuidado com os mal-intencionados.

6. Procure não abrir muito da sua vida pessoal no ambiente de trabalho, quando o faz, dá liberdade para que as pessoas comentem a respeito posteriormente. Praticamente você está se voluntariando para se tornar uma vítima no futuro. Não importa o quão ruim ou boa seja sua vida pessoal, mantenha-a privada.

b) Nos relacionamentos pessoais

Casamento e conflito é como massa com molho, sempre estão juntos. As argumentações fazem o casal crescer em seu relacionamento, mas quando feitas da maneira correta. A maioria de nós culpa nossos cônjuges por todos os infortúnios.

Se nossos filhos estão tendo acessos de raiva, a culpa é sempre do nosso cônjuge. Se não tivemos um bom dia, a culpa também é dele(a). Todas essas transferências de responsabilidades são tóxicas. Além disso, quando você atribui a responsabilidade da sua felicidade à outra pessoa, você acaba escravizando o/a cônjuge.

Eu entendo que para o casamento dar certo, requer que as duas pessoas trabalhem para consertar suas falhas, mas para este tipo de postura começar a funcionar, basta uma delas querer, e esta pessoa pode ser você.

Para se manter feliz no casamento, você precisa praticar algumas coisas que vou descrever abaixo, principalmente tendo em mente que para argumentar é necessário haver o respeito mútuo.

1. Aceite seus próprios erros. Se você é culpado de algo, não tente encobrir seu erro tentando usar o comportamento do seu cônjuge como um dos motivos pelo seu erro. O comportamento do seu cônjuge não deve lhe induzir a fazer algo negativo. Por exemplo, se seu parceiro(a) está te traindo, ou te evitando, não use isso como uma validação para seus próprios erros.  

2. Assuma a responsabilidade por si mesmo. Não aceite os erros dele(a) como seus, mas também não negue os seus próprios.  Encontre maneiras de assumir a responsabilidade por seus desejos, seus erros, sua vida e suas ações. Comece por você, canalizando suas emoções em uma direção positiva.

3. Não traga questões irrelevantes. Quando estiver discutindo ou brigando, evite se referir ao que fizeram no verão passado. Discuta o que é necessário para o conflito atual. O passado já passou e não pode ser alterado, mas o que está sendo argumentado neste momento é algo que pode ser alterado. Foco na resolução do presente, não do passado.

4. Corrija as suas justificativas de seus erros. Muitas vezes quando transferimos a responsabilidade de nossos erros, alegamos que nossos cônjuges erraram por problemas comportamentais ou de personalidade. Já quando nós erramos, as justificativas são externas, com fatores fora do nosso controle.

5. Preste atenção nas suas próprias afirmações. Muitos psicanalistas dizem que usamos esse mecanismo de defesa quando não percebemos nossas próprias feridas internas, mas isso pode causar feridas dolorosas nas pessoas que mais amamos. Quando não percebemos nossas próprias vulnerabilidades, desencadeamos esse mecanismo de defesa, transferindo constantemente a culpa para os outros, protegendo com paredes elevadas nossos segredos mais valiosos. Em vez disso, observe seus sentimentos, aceite o que aconteceu e assuma a responsabilidade de ir em busca da cura. Não desvie seus sentimentos e emoções.

Conclusão

A auto-observação e autodisciplina estão no centro de todo o sucesso pessoal e profissional; você não pode conquistar o mundo se você não ganhar a batalha diária contra sua própria mente. Então, para ser bem-sucedido(a), você deve começar pela busca de seu empoderamento.

Aceitar que nossas falhas requerem que nos conheçamos melhor. Pequenos hábitos como a meditação e revisão diária do nosso dia, podem mudar completamente nossa vida, mas requerem dedicação. Leva tempo para implantarmos novos hábitos em nossas vidas.  Além disso, é normal errar. O importante é ter certeza de que você está aprendendo com seus erros.

Confie que você pode enfrentar seus medos e deixar de ser mais uma vítima deste jogo da troca de responsabilidade.

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Betina é empreendedora, Executive e Life Coach, mãe e especialista em marketing e CRM. Formada em gestão hoteleira, com MBA pela Rotman School no Canadá, e três certificações diferentes em coaching.

Sua missão é ajudar os indivíduos a organizarem suas vidas e trazer presença, entusiasmo e equilíbrio às suas atividades diárias.

Contatos da Betina: www.wity.tech e whatsapp +1 (970) 567-8483

> Aprofunde o tema no Podcast (em inglês) chamado “Why we blame others and how to stop this cycle”, com uma convidada da área de saúde, Christy Thiel, que você pode encontrar neste link https://open.spotify.com/episode/1RC6X2bJijiZrprFq5diGg

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>>> Agradecimento pela imagem: way home studio✨

Minha existência, minha expressão no mundo, meu EU

A expressão do meu Ser

“É trágico não se lembrar de si mesmo. E não notamos que não lembramos. Lembrem-se de vocês sempre e em todo lugar.” G.I. Gurdjieff

Pergunte-se, neste exato momento: Quem está lendo esse artigo? Sou o Eu Real ou o Eu que representa um personagem, um papel?  Quais os adjetivos atribuídos a si mesmo? Qual o seu interesse? Qual a sua intenção ao ler este artigo?

             Tudo na vida precisa ter um significado, um porque, isso é o que nos conecta com nossa essência.

Tenho percebido, a cada dia com mais frequência, o quanto as pessoas estão buscando alternativas, recursos, cursos, processos terapêuticos, retomadas de práticas espirituais, novas filosofias de vida, enfim, buscando a si mesmas.

Fazemos muitas interações utilizando recursos digitais, como Whatsapp, Instagram, Google Meet, Teams, Zoom, e outros, mas isso não basta. Muitos continuam se sentido solitários, desconectados. Os dias estão sem sentido, uma sensação de maior tristeza, angústia e ansiedade.

Está faltando mais o olho no olho, o abraço, a presença, a troca de afeto, a proximidade. Vale ressaltar que isso se dá independentemente do espaço físico em que se está. Em algumas situações pode-se estar na cozinha, na sala ou no quarto, em interação presencial, mas ainda assim, sem toque, é como se virtual fosse.

Estamos precisando aprender a nos conhecer e a ter disponibilidade para conhecer o “outro”.

Minha expressão no mundo, meu EU

Há de se considerar que, ao longo de nossa jornada existencial, aprendemos a representar diversos papéis: filho, filha, amiga, amigo, colega, cônjuge, estudante, profissional, etc., e vamos aumentando nossas máscaras, trocando algumas moedas para ganharmos mais ou menos atenção, valorização e reconhecimento, promoção, dinheiro, status social, e nos distanciando de quem somos, de qual é o meu EU real, minha alma, minha consciência.

Dedicamos nossos segundos, minutos, horas, dias, expressando um Eu aprendido, respondendo a estímulos externos, vivendo dias glamorosos, viagens, sefies, roupas e sapatos, ternos, sem nos conectarmos. Afinal por que EU estou vivo?

Eu acredito que o sentido da minha existência, neste Planeta Terra, neste século, neste país, nesta família, tem um propósito maior, que visa contribuir com as pessoas com as quais me relaciono, assim como aprender e reaprender, continuamente, buscando a evolução e não apenas o crescimento.

Indagações ao seu EU

Te faço um convite: pare, respire e silencie-se. O que te traz aqui, agora? Sinta o seu corpo, note sua presença.

Sossegar a mente e conectar-se com Você é o segredo da Vida. Temos despendido nossos olhares, nossas observações, nosso tempo, em ter e não em ser.

Reflita o que tem feito de diferente no dia a dia, quais os ganhos do seu jeito de ser? O que pode fazer que ainda não está fazendo?

O que ainda lhe causa medo, insegurança, porque não se sente seguro em conviver com a sua fragilidade? Como pode contar com a outra pessoa sendo a sua complementariedade, e ainda, como aprender a viver e a conviver com mais serenidade, alegria e se divertindo com frequência?

Sua ação faz a diferença no mundo

Podemos transformar este Planeta. Se cada um de nós perceber que somos especiais e diferenciados, com um potencial enorme para fazer e acontecer, desde que o seu e o meu propósito estejam bem definidos, seja evidente e real, apostando no bem estar, no bem comum, na promoção da felicidade, em trabalhos colaborativos, podemos transformar a atual realidade. 

Não é possível acreditar que ser Ser Humano #deuruim. Afinal, quantas histórias de vida estão sendo contadas na mídia de pessoas que, diante das tragédias de outras vidas humanas, estão se articulando e atuando como mobilizadoras, se desprendendo do seu conforto material e social, com o único objetivo: minimizar o sofrimento do outro Ser que está em desgraça, e este é o verdadeiro trabalho.

Busque produzir, trabalhar, em prol de outras pessoas. Resgate sua humanidade, sem precisar divulgar para os demais o que está fazendo. Caridade e compaixão estão sendo demandadas.

Trabalhar, fazer, influenciar, posicionar-se para que outras pessoas não percam a oportunidade de continuar respirando e sobrevivendo, reconstruindo-se.

Muito do que está acontecendo é em decorrência de tantos egos desorientados e desalmados, de tanta necessidade de poder e de perpetuação, esquecendo que na Vida tudo passa, tudo tem um fim.

Como atuar para o mundo que se quer viver?

Podemos transformar esta realidade? Claro que sim. E, para isso, é preciso acessar sua consciência humana.

Comece em sua casa, olhe e escute mais as pessoas com as quais você dorme e acorda todos os dias. Depois expanda para as suas relações sociais, chegue até o local de trabalho e pense em como você tem se posicionado nas mesas de tomadas de decisões. Qual a oportunidade que você tem de fazer algo que beneficie as outras pessoas? O seu coletivo? Você pode e deve tomar decisões mais propositivas, mais colaborativas e menos egoicas. Expandir a sua consciência profissional é o caminho.

Precisamos nos integrar cada vez mais para que cada um possa contribuir com a sua essência. Podemos firmar compromissos de humanidade, de relações mais transparentes e verdadeiras, de integração, inclusão e valorização entre as diferentes “tribos” e incentivar ações mais coletivas. Para isso será preciso abrir mão de papéis, máscaras, status, relação de eu ganho e você perde.

Sinceridade começa em si

Há várias perguntas que me inquietam muitas vezes ao dia:

  • Será que estou disposta a me desapegar das minhas crenças?
  • Sinto confiança em me posicionar de forma diferente?
  • Consigo abrir mão de tudo o que tenho para compartilhar com os demais?
  • Por que estou sendo chamado para trabalhar com esse tema e com essas pessoas?
  • O que mais preciso aprender?
  • Como me percebem, sou Eu mesma?
  • O que quero mais e o que não quero mais em minha vida?

Boas e verdadeiras reflexões à se fazer.

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Cecilia Barboza atua como Consultora de Desenvolvimento Humano, Coach, Painelista e Palestrante

Gosta do tema? Recomendamos também:

=> Crenças Limitantes, a vida conduzida pelo inconsciente, de @aline-paixao

=> Como está a sua bagagem da vida, de @marcelo-bandeira

✨Agradecimento pela imagem: @jessicafelicio

Perdoar ou não perdoar? Esta decisão impacta a sua saúde

Perdoar é libertador

Conheça o efeito devastador que o estado de não-perdão pode causar na sua vida

Sinceramente, pense: Existe alguma área da sua vida que está travada? Alguma área que não vai para a frente? Alguma situação desagradável que se repete como um ciclo vicioso, mesmo você mudando de ambiente e se relacionando com pessoas diferentes? Por acaso você já se perguntou se essa trava pode estar relacionada com mágoa ou ressentimento que você carrega por algum fato do presente ou do passado, ainda que a nível inconsciente?

Acredite, pode ter total relação. Todos os problemas da vida surgem de um estado de não-perdão, a você mesmo(a) ou a outra pessoa. Perdoar ou não perdoar é uma decisão que impacta a sua saúde física, mental e espiritual.

O significado do Perdão.

A palavra perdão vem do latim per (total, completo) donare (dar, entregar, doar) e, de forma singela, significa renunciar ao ressentimento (sentir novamente) que se tem contra alguém, deixando ir  por completo esse sentimento negativo. Como consequência, você se liberta do que te prendia a essa pessoa, restituindo a sua paz e tendo mais controle sobre os seus pensamentos.

No livro “As 5 linguagens do Perdão”, o autor Gary Chapman diz que algo no íntimo da pessoa ofendida exige justiça. Porém, geralmente o desejo de se reconciliar é maior que o anseio por justiça. E o que isso nos traz de reflexão? Que no fundo, bem no fundo, o nosso maior desejo é de fato, liberar perdão e sermos livres!

Então porque algumas pessoas insistem em sustentar um padrão de ressentimento, mesmo sabendo que só estão prejudicando a si mesmas?

Por que é tão difícil perdoar?

“ Simples. Por causa do ego, que insiste em dizer que, se perdoar, a pessoa que errou ficará impune. E isso soará como uma vitória para quem errou, por não haver consequências ou punição, em alguns casos”

Embora todos os sentimentos sejam legítimos e importantes, os sentimentos tóxicos, no longo prazo, podem favorecer a somatização no corpo físico, dando origem a doenças das mais variadas, como o câncer, por exemplo.

Além disso, a mágoa nos impede de agir de modo amoroso, pacífico. Pode notar que pessoas magoadas agem sempre na defensiva e tem muita dificuldade de ouvir outros pontos de vista. Com isso, se tornam escravas mentais de quem as magoou, desistindo de ter bons sentimentos e perspectivas em relação a outras pessoas.

O grande engano que a maioria das pessoas comete é achar que alimentando a mágoa, seja com atos, palavras ou ações, se vingará de quem as machucou. Muito pelo contrário, apenas ferirão a si mesmas.

A memória, a crença  e o perdão

Um conceito libertador: O Perdão não é para quem errou. É para você!

De acordo com a “Teoria Geral das Memórias”, de autoria do Phd. Paulo Vieira, toda vez que um fato ocorrido no passado é relembrado por uma pessoa ao recontar a sua história, essa comunicação vai gerar uma imagem mental, traduzida em forma de pensamento, e esse pensamento vai gerar um sentimento, que em se tratando de mágoa será um sentimento tóxico, fazendo com que essa pessoa tenha a sensação de estar vivenciando a mesma situação ruim novamente.

Então, se eu relembro várias e várias vezes uma traição, por exemplo, ou uma demissão, é como se novamente eu estivesse sendo traído, novamente sendo demitido. E todos esses sentimentos vão criar a minha realidade, pois o cérebro não distingue o que é real do que é imaginado, e é aí que se dá início a repetição de situações negativas na vida. Porque todos esses sentimentos vão virar crenças! E toda crença é autorrealizável. Ou seja, vai acontecer!

“É muito louco, mas inconscientemente você acaba atraindo para a sua vida pessoas e situações que farão com que você reviva esses episódios negativos, reforçando um vício emocional que você talvez tenha desenvolvido na infância e que você acaba levando para a vida adulta, sem nem mesmo ter consciência disso.”

Você vive as suas crenças e absolutamente nada na sua vida é coincidência. A sua vida é um reflexo de tudo o que você acredita, reforçado por suas experiências anteriores e por tudo o que você viu, ouviu e sentiu, sob repetição ou forte impacto emocional em algum momento da vida.

Perdoando quem não merece o seu perdão

Outra forma de pensar que dificulta perdoar é achar que a pessoa não merece ser perdoada. E sob essa perspectiva nota-se que o orgulho está presente, pois você comete o engano de achar que é superior a pessoa que errou, e passa a olhá-la como inferior, com desprezo. Notadamente isso é manifestação de orgulho puro, afinal de contas, você também erra ou já errou em algum momento da vida com alguém!

A questão não é se a pessoa merece ou não, a questão é que você foi criado para a liberdade; e se manter magoado e ressentido é uma das piores formas de se manter acorrentado à pessoa que te feriu. É entregar nas mãos do outro a responsabilidade pelos seus sentimentos, e, simultaneamente, enfraquecer o seu poder pessoal.

De acordo com Paulo Vieira “Perdão é assumir a responsabilidade pelo modo como você se sente”  (livro: Poder e Alta Performance). É abandonar uma postura de vítima frágil e assumir a postura de vencedor e comandante da sua vida.

E saiba que é também uma habilidade treinável, nem sempre acontecendo de imediato.

Essencialmente, é de suma importância alterar a comunicação rancorosa o quanto antes. Evitar falar no assunto para muitas pessoas (para não ficar contando e recontando a história compulsoriamente).

“Quando a comunicação de mágoa é removida, constrói-se na própria pessoa a autoaceitação, a autoaprovação e o amor-próprio”

Perdão não requer reconciliação

Perdoar de forma alguma significa não reconhecer que houve maltrato, ignorar o mau comportamento, tampouco negar e minimizar o seu sofrimento. Também não significa se reconciliar e conviver com o autor da afronta. Significa apenas, não exigir absolutamente nada do agressor, como um pedido de desculpas, por exemplo (exceto em casos excepcionais em que a reparação de danos deva ocorrer).

O Perdão não é um sentimento nem um acontecimento. Uma vez que você opte por perdoar, precisa fazê-lo de todo o coração, independente do que tenha acontecido. Porque o preço que se paga por não perdoar é caro demais.  É se condenar a viver uma vida de infelicidade, sem força, sem brilho, por alimentar sentimentos tóxicos que vão prejudicar tanto a si quanto as outras pessoas que convivem com você.

Exercitando o Perdão

Para o bem da sua saúde emocional, o Perdão sempre será a melhor escolha!

Sabe o que é mais interessante? Para perdoar você não precisa estar na presença física da pessoa que te magoou. Você sequer precisa voltar a conviver com ela. Quantas e quantas pessoas de bom coração perdoaram e aceitaram trazer essa pessoa para o seu convívio, e de novo foram feridas e machucadas, porque a pessoa não teve a maturidade necessária e/ou os recursos emocionais sólidos para honrar esse voto de confiança!

Como já dito, o cérebro humano não distingue o que é imaginado do que é real, portanto, com um simples exercício de visualização você pode praticar perdoar, sem nem mesmo a pessoa que você guarda mágoa saber dessa sua decisão. Por outro lado, se esse for o seu desejo e você tiver essa necessidade, pode dizer pessoalmente a ela que a perdoa.

Exercício prático:

Vamos a um exercício prático para saber se de fato você perdoou ou se ainda está orbitando na mágoa e no ressentimento.

Vamos supor que você tenha decidido perdoar…

Feche seus olhos e imagine essa pessoa na sua frente. Seja detalhista, se envolva na cena, ouça essa pessoa te pedindo perdão com uma postura de humildade. Olhe nos olhos dela e com a mesma postura de humildade diga que a perdoa. Em seguida, imagine essa pessoa indo embora, ficando cada vez mais e mais distante de você. E, ao mesmo tempo em que ela vai embora, você vai ficando leve, cada vez mais leve por ter retirado esse peso das suas costas.

Por fim, imagine essa pessoa que você perdoou muito feliz, sorrindo, realizando os sonhos dela e prosperando em todas as áreas da vida. Qual foi o sentimento? Se foi um sentimento bom ou neutro, parabéns, você realmente perdoou. Agora, se ver essa pessoa feliz te causou algum incômodo, significa que você ainda está se sentindo ofendido e precisará repetir esse exercício por muitas e muitas vezes, até que não fique nenhum resquício de mágoa, se essa for a sua vontade.

E se essa pessoa que você precisa perdoar for você mesmo? Apenas reflita.

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Aline Paixão é Advogada, Analista de Perfil Comportamental e Coach Integral Sistêmico formada pela Febracis. Atua também como Palestrante e Treinadora.

>> Gostou? Leia outro artigo de Aline, “Crenças limitantes, a vida dirigida pelo inconsciente”

>> Recomendamos também para o seu autodesenvolvimento “A relevância das Práticas Contemplativas para a saúde emocional”

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A polivalência da mulher e o poder feminino

Dia Internacional da Mulher

A história da mulher na sociedade é também uma história de vanguarda. Desde a época pré-moderna, movimentos sufragistas que lutaram pelo voto feminino e organizações femininas que buscaram – ainda em estruturas sociais plenamente dominadas por uma cultura patriarcal – direitos e oportunidades, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos, foram determinantes para que hoje celebremos, todo dia 08 de março, o Dia Internacional da Mulher. Esta data, que foi reconhecida oficialmente em 1975 pelas Nações Unidas, mas que remonta a coragem dessas primeiras desbravadoras, ainda no início do século XX, por espaços de igualdade.

Mas a força e o protagonismo se estendem para além dos campos da luta política. Na arte, por exemplo, mulheres se destacaram dentro de contextos em que, novamente, toda a conjuntura social lhes privava de terrenos de fala e autonomia.

Mulheres Memoráveis

Pensemos, por exemplo, na poetisa Safo (ainda no século VI A.C.), nas escritoras britânicas Jane Austen e Emily Brontë (que figuram entre os principais nomes da literatura dos séculos XVIII e XIX e cujas obras, até hoje, influenciam artistas em todo o mundo) e nas modernistas brasileiras Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Pagu, que revolucionaram o universo da pintura, da literatura e até mesmo os costumes sociais no Brasil dos anos 20.

Política, arte, vanguardismo, coragem e luta. Essa polivalência de sentidos, sem dúvidas, é própria da mulher. Mulheres que são independentes, mães, executivas, intelectuais, professoras, acadêmicas e que são líderes como Michelle Obama, cientistas como Ada Lovelace, artistas que marcaram uma geração como Billie Holiday.

Ser mulher

Mulheres que, por sua vez, carregam consigo leveza e equilíbrio; destemor e maturidade; empatia e amor; e cuja essência se manifesta em mulheres trans, homossexuais, cisgênero e também em homens que buscam aprender e absorver elementos do feminino para suas vidas, pois, como bem disse a escritora inglesa Virginia Woolf, quando há o equilíbrio entre as forças do feminino e do masculino “a mente é fertilizada por completo e usa todas as suas faculdades”.

Me remetendo novamente a história, no entanto, é importante que não nos esqueçamos das mulheres anônimas, comuns, que viveram (e ainda vivem) sob condições adversas e que perseveram mesmo diante dos maiores obstáculos. A própria Virginia Woolf, aliás, observou com precisão – e mesmo diante destes exemplos aqui citados que conseguiram superar barreiras estruturais imensas – que pela maior parte da história, a mulher foi mantida como o ser anônimo.

O poder feminino de transformar vidas

Esse anonimato e a simplicidade, todavia, jamais podem ser traduzidos como a ausência das virtudes da força e da coragem que discuto aqui – muito pelo contrário. Em minha vida, tive a honra de conviver com mulheres inspiradoras e advindas dos mais diversos contextos socioeconômicos, que criaram seus filhos transmitindo valores de cidadania, empatia pelo próximo e humanismo; que construíram carreiras valorosas e que conquistaram o respeito e o carinho por onde passaram; que me apoiaram nos mais diversos desafios e na própria dinâmica de minha vida familiar e profissional.

Porque ser mulher, afinal de contas, é também ter a capacidade de encarar qualquer cenário e, como diamantes, brilhamos e deixamos marcas na vida de todos – de nossos colegas, familiares, filhos, namorados, namoradas, amigos e cônjuges. E mesmo que hoje já tenhamos conquistado muitos espaços no mercado e na sociedade – honrando assim a luta das mulheres citadas ao longo deste artigo – a grande verdade é que uma série de bloqueios ainda precisam ser vencidos.

A realidade hoje

A disparidade salarial no mercado, por exemplo, ainda é uma realidade chocante diante de um mercado em que tanto se discute sobre a importância da diversidade e da inclusão. Sobre este ponto, dados de uma pesquisa da Catho divulgados no fim do ano passado alertam para o fato de que lideranças femininas ganham até 19% menos que homens e que uma mulher, com a mesma formação acadêmica que um homem, chega a ter ganhos 43% menores. E essa realidade se faz presente mesmo quando levamos em conta que as mulheres são maioria quando pensamos em profissionais graduados (52%) e pós-graduados (56%).

Isso sem falarmos em problemas sociais como a violência contra a mulher (sexual, física e psicológica), paradigmas culturais relacionados à liberdade sexual e o próprio sexismo que em pleno século XXI ainda se faz presente – um estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) divulgado em 2020 apontou que 90% da população global tem algum tipo de preconceito contra a mulher relacionado a questões que vão da presença política e oportunidades educacionais aos seus direitos reprodutivos.

Sim, o caminho ainda é longo para que possamos falar, de fato, em um contexto de equilíbrio e igualdade. Não tenho dúvidas, entretanto, que seremos capazes de trilhá-lo, pois se com nossa polivalência, sororidade e contínua resiliência transformamos (e criamos) vidas, nada nos impede de transformarmos (e criarmos) uma nova cultura e um novo ecossistema social em que todos e todas poderão exercer sua autonomia e seguir o rumo de suas escolhas.

FELIZ TODOS OS DIAS A TODAS AS MULHERES.

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Lady é CEO da LadyMorais Human Capital, uma consultoria focada, genuinamente, no desenvolvimento humano e organizacional. É conselheira e VP do Instituto Brasileiro de Accountability e professora do MBA de Fraude e compliance da FIA.

>>Leia também o artigo especial Mulher de 2021: O que vim fazer aqui?

>>>Na imagem “Mulheres Incríveis”: Ada Lovelace, Frida Kahlo, Agatha Christie, Luiza Trajano, Princesa Diana, Billie Holiday, Jacinda Ardern, Virgínia Woolf, Jane Austen, Oprah Winfrey, Pagu, Michelle Obama, Malala Yousafzai, Tarsila do Amaral, Angela Merkel

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Como está a sua bagagem da vida?

Como está a sua bagagem da vida?

Depois de dez horas de voo, deixei de ser quem eu era.

Sentia-me invisível e, apesar de estar inserido em uma sociedade organizada e respeitosa, simplesmente eu parecia não existir. As interações com as outras pessoas não passavam de simples perguntas e respostas. Assim, mesmo com a tecnologia atual, a solidão me mostrou a sua face mais cruel.

Tudo começou com a decisão de colocarmos em prática um antigo desejo: nos mudarmos para a Europa. Nasci no berço de uma família portuguesa tradicional que sempre viveu intensamente a sua cultura, transmitindo-a às novas gerações. Então a decisão pareceu-me óbvia: voar para Lisboa com a mesma coragem dos meus avós quando deixaram Portugal rumo ao Brasil. Decidi por ir na frente para organizar tudo antes da chegada da minha família, o que demorou dois longos e penosos anos.

E aí começaram os meus problemas

Passei a viver como um cidadão comum em Lisboa, mas com uma diferença importante: a minha bagagem da vida estava completamente desconectada com a realidade deste novo mundo. E aí começaram os meus problemas.

“Eu jamais poderia imaginar a intensa experiência que eu estava prestes a vivenciar, e como isso mudaria a forma como vejo o papel das interações humanas na nossa vida.”

Meu estado emocional começava a dar sinais de que o meu corpo catalisaria de forma ruim esses sentimentos. Uma enxurrada de maus pensamentos começava a cobrar um preço alto, ocupando mais espaço na minha mente e tirando o foco do que era importante. Vagava pelos shopping centers apenas para ver e ser visto, e por diversas vezes tive medo de dormir. Se eu tivesse um mal súbito, a quem eu poderia recorrer?

Confesso que pensei em desistir, uma vez que a perda das referências pessoais me colocou num estado de dissonância cognitiva contínua. Meu cérebro passou a agir como um rato de laboratório que gira sem fim naquelas rodas de estímulos. Não podia mais seguir assim e decidi procurar apoio emocional nos relatos de pessoas que passaram por algo semelhante.

“As interações humanas colecionadas ao longo da vida e o ambiente no qual estamos inseridos moldam o nosso caminho.”

A virada de chave

Logo, busquei por muita informação que explicasse o que eu sentia e entendi que a minha angústia vinha do fato de que eu perdera as referências do meu lugar quando deixei no Brasil meu conjunto de experiências. Ficou claro que a construção do novo lugar se basearia num complexo conjunto de vivências pessoais. Então, teria de viver a cultura do ambiente, as interações humanas, os sentimentos e as decisões que seriam determinantes na pavimentação da estrada que me levaria a ocupar meu espaço.

“Apesar de ter identificado a causa raiz da minha angústia, eu precisaria criar mecanismos para encontrar o meu novo lugar.”

Se por um lado a minha antiga bagagem de uma vida tinha ficado para trás, do outro eu já estava mentalmente forte e pronto para começar a colecionar novas interações humanas e criar a minha nova bagagem da vida além-mar.

Um pouco sobre Inteligência Emocional

Segundo o autor Daniel Goleman, a inteligência emocional demanda cinco competências essenciais: descobrir suas emoções e seus sentimentos, reconhecê-los, administrá-los, administrar as relações pessoais e motivar-se.

A fase da descoberta das emoções já estava concluída. Faltava “apenas” as outras fases, que não seriam nada fáceis de executar. Por isso, resolvi empreender uma série de ações para tentar mudar a minha situação.

Gestão das emoções

Propósito e missão: para fortalecer o meu aspecto emocional, eu ressignifiquei minha missão e iniciei um negócio próprio. Isso me deu um propósito sólido que abriu caminho para iniciar as interações sociais com foco específico.

Exercício físico: corpo são, mente sã. Optei por caminhar sempre que possível. Se a distância entre dois pontos era igual ou inferior a cinco quilômetros, eu caminhava. Aproveitei para ver Lisboa a partir de uma outra perspectiva.

Gerir as relações pessoais

Criar e fortalecer novos vínculos: criei importantes laços de amizades, em especial com um amigo português a quem sou muito grato. Costumo dizer com frequência que “ele me salvou” em diversos momentos difíceis. Também conquistei o respeito de importantes fornecedores que são essenciais para o meu negócio.

Motivação

Disciplina: acredito firmemente que para tudo na vida são necessários organização e métodos, e para que ambos aconteçam é importante que haja muita disciplina. Optei por uma rígida rotina de horários e passei a não mais autorizar meu cérebro a ter pensamentos destrutivos.

Autoestímulo: coloquei vários porta-retratos com fotos da minha família pela casa, para que eu jamais me esquecesse do propósito maior dessa aventura. Também colei bilhetes com frases estimulantes em diversos lugares.

Celebração: celebrava as conquistas mesmo que sozinho. Fazia questão de dividir com a minha família cada novo passo dado na direção da concretização dos nossos planos.

“A longa espera finalmente acabou. Estávamos novamente reunidos para enfrentar os desafios de um recomeço em um novo ambiente.”

Juntos nos fortalecemos

A tão esperada chegada da minha família também não seria um evento fácil. Meu filho veio diretamente para Lisboa depois de três anos de estudos no Canadá. Não teve tempo para digerir a mudança e nem de se despedir da casa onde ele cresceu. Minha filha, que participou ativamente do processo de mudança, sofreu por deixar para trás as suas raízes e amizades. E a minha esposa também passou pelos mesmos momentos de angústia que eu passei, principalmente com relação ao seu trabalho.

Apesar do meu apoio e suporte à chegada deles, cada um a seu modo teve de lidar com as rupturas causadas pela mudança. Claro que os mais jovens, com suas bagagens de vida ainda em formação, se adaptaram e refizeram suas interações humanas muito rapidamente. Entretanto, o que ficou mais evidente é que juntos o caminho ficou menos penoso e mais sólido do que eu havia experimentado.  

“Para Aristóteles, viver coletivamente é a única chance que temos para sermos humanos de verdade.”

No dia 04 de setembro de 2021 o plano de mudar para a Europa completou quatro anos e os aprendizados ainda continuam. Aristóteles  escreveu que a natureza humana exige a vida em sociedade. Porém, eu diria que a natureza humana exige experienciar a sociedade em todos os seus aspectos mais humanos.

E nós? Bem, apesar de termos encontrado o nosso lugar, posso dizer que mal começamos a nova coleção de interações humanas.

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Marcelo Bandeira é sócio-fundador da Europeltier Thermotechnology , uma empresa de gerenciamento térmico industrial. Atuou por mais de 15 anos como executivo de marketing. Atualmente procura encher cada vez mais a sua nova bagagem da vida em Lisboa, Portugal.


>> Gostou do artigo? conheça mais sobre o que compõe a nossa Identidade lendo o artigo “Nossa História, perspectiva de passado, presente e futuro”

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Você assume sua parte da responsabilidade ou busca culpados?

Responsabilidade ou Culpa?

Assumir a responsabilidade; é mais fácil falar do que fazer.

Vamos falar de como lidar com isso.

Nós, seres humanos, viemos a este mundo equipados com genes que têm um mecanismo de defesa embutido, ou seja, uma imunidade inata. No entanto, nossas células de imunidade, chamadas de anticorpos, não culpam os constantes invasores, muito pelo contrário, elas assumem seu papel quando algo acontece e trabalham para equilibrar nossos corpos e nos proteger de doenças.

Eu admiro muito a maneira como nosso próprio corpo assume a responsabilidade por nossa má dieta ou estilo de vida, em vez de sair culpando e não fazer nada.

Transferir a responsabilidade da culpa também é um mecanismo defesa com o qual viemos equipados, mas que não deveríamos usar. Nós nos tornamos vítimas do hábito de transferir a responsabilidade sempre que nos sentimos atingidos. Tudo começa com a sensação de impotência que acaba se transformando em um comportamento narcisista, isso acontece quando não temos a consciência na nossa própria responsabilidade pelas coisas que acontecem em nossas vidas.

Por que temos o costume de transferir a responsabilidade da culpa?

Transferir a culpa é uma tentativa de transferir a responsabilidade de nossos atos para outras pessoas. É uma forma de abuso emocional e assédio mental para que o real culpado se isente de sua responsabilidade e possa ser o “mocinho da história”.

Também é muito sutil, porque às vezes não sabemos se estamos aumentando os limites do suporte acordado ou realmente culpando alguém.

Por que você os culpa, ou eles te culpam?

A princípio nos sentimos como uma vítima impotente perante alguém ou alguma situação. Usamos a culpa como uma distração, nos levando para longe da nossa própria responsabilidade, ou da nossa capacidade de buscar nossa força interior.  

Normalmente o comportamento narcisista começa com hábitos de culpar os outros. Este tipo de pessoa não admite seus erros, escorregões ou falhas, e tem um desejo de se sentir, de alguma forma, superior.

E, assim, acha uma forma de virar o jogo e culpar alguém. Existe constantemente um desejo irresistível de permanecer como a pessoa mais importante da situação.

Enquanto você está no meio de uma discussão, se você se encontrar tentando provar que a outra pessoa está errada em vez de encontrar uma solução, você está jogando o jogo da culpa.
Você está empenhado em garantir que seu valor seja alardeado, e ninguém identificará seu erro. Em suma, auto importância exagerada, mas baixa autoestima.

Mas por que você faz isso?

À medida que crescemos, muitos de nós somos feridos, traídos e julgados sem razões válidas. Isso nos leva a criar paredes como um mecanismo de defesa. Então é comum às vezes não admitirmos nossos erros porque tememos o que pode vir depois disso. Para nos sentirmos seguros, nossa mente ativa este mecanismo de defesa que é a transferência de culpa.

Além disso, quando você está continuamente exposto a um ambiente narcisista, você pode ser contagiado por estes hábitos e constantemente copiá-los. Se você se sente assim, é pela dor que lhe foi causada por este ambiente.

Mas você acha que culpar os outros vai ajudá-lo a superar suas dificuldades?

Enquanto você culpar os outros por cada adversidade da sua vida, você nunca desenvolverá o poder da autoconfiança. Mesmo que você saiba que uma outra pessoa também fez algo errado, a sua parcela de responsabilidade você ainda pode assumir. Quando você aceitar e assumir a sua responsabilidade, você não mais irá em busca das falhas dos outros.

Como lidar com a transferência da responsabilidade de culpa?

Bem, há dois lugares onde muitas vezes acontecem discussões como estas: nos relacionamentos profissionais e nos pessoais.

Quando você culpa seus colegas de trabalho, isso impede seu crescimento em sua carreira e seu desenvolvimento pessoal. Já nos relacionamentos pessoais, transferir a responsabilidade da culpa pode deixar cicatrizes profundas e dolorosas, porque isso pode impactar a tranquilidade de uma família inteira. Pode causar danos muito mais profundos do que você imagina.

a) Nos relacionamentos profissionais

Imagine que você é um gerente de produto em uma empresa famosa internacional. Seu CEO lhe deu um ano de cronograma para lançar um aplicativo como o Tik-Tok, com objetivo de expandir para o mercado internacional de entretenimento.

Você projetou, desenvolveu e está pronto para lançá-lo. Infelizmente, sua equipe técnica não conseguiu fazer alguns testes e o aplicativo ficou fora do ar bem no dia do lançamento. Houve um enorme prejuízo para sua empresa por causa dessa surpresa desagradável. Seu chefe pede uma reunião com toda a sua equipe.

O que você diz a ele?

“Eu não fiz nada de errado. Foram eles, foi um erro da equipe de tecnologia.”

Se você alegar que foi a culpa da equipe técnica, você perde a oportunidade de se tornar uma pessoa confiante e acalmar a ira do seu chefe. O ideal é você aceitar que você falhou em verificar novamente todas as etapas do processo antes do dia do lançamento, se você o tivesse feito teria tempo hábil para tomar providencias necessárias e evitar pelo menos parte do prejuízo.

Quando culpamos nossos colegas por tudo, perdemos a chance de crescer em nossas carreiras, de crescermos como pessoas.

Aprender a lidar com conflitos no trabalho buscando uma solução em vez de “jogar pessoas no fogo” irá moldá-lo em um profissional de ponta. Assumir a responsabilidade também lhe dá uma perspectiva de liderança.

Então, para lidar com conflitos no trabalho sem se tornar a vítima ou fazer outras vítimas, você deve seguir algumas regras básicas que vou descrever abaixo:

1. Coloque os objetivos dos projetos como prioridade máxima e faça a revisão das tarefas necessárias constantemente.

2. Trabalhe com foco no seu crescimento pessoal, isso irá fazer sua equipe crescer e, consequentemente, a sua empresa.

3. Aceite apenas os seus defeitos, não há necessidade de fazer o papel de Madre Teresa. Se algo errado ocorreu que envolva outros departamentos, assuma o erro que lhe compete, sem culpar colegas de trabalho.

4. Não aponte os erros de seus companheiros de equipe ou colegas. Em vez disso, dê-lhes um feedback construtivo. Se você tem que criticar algo, comece com uma observação positiva.

5. Fique longe de pessoas dramáticas. Quando você está com raiva, triste ou emocionalmente vulnerável, pense duas vezes com quem irá compartilhar seus sentimentos e observações. Cuidado com os mal-intencionados.

6. Procure não abrir muito da sua vida pessoal no ambiente de trabalho, quando o faz, dá liberdade para que as pessoas comentem a respeito posteriormente. Praticamente você está se voluntariando para se tornar uma vítima no futuro. Não importa o quão ruim ou boa seja sua vida pessoal, mantenha-a privada.

b) Nos relacionamentos pessoais

Casamento e conflito é como massa com molho, sempre estão juntos. As argumentações fazem o casal crescer em seu relacionamento, mas quando feitas da maneira correta. A maioria de nós culpa nossos cônjuges por todos os infortúnios.

Se nossos filhos estão tendo acessos de raiva, a culpa é sempre do nosso cônjuge. Se não tivemos um bom dia, a culpa também é dele(a). Todas essas transferências de responsabilidades são tóxicas. Além disso, quando você atribui a responsabilidade da sua felicidade à outra pessoa, você acaba escravizando o/a cônjuge.

Eu entendo que para o casamento dar certo, requer que as duas pessoas trabalhem para consertar suas falhas, mas para este tipo de postura começar a funcionar, basta uma delas querer, e esta pessoa pode ser você.

Para se manter feliz no casamento, você precisa praticar algumas coisas que vou descrever abaixo, principalmente tendo em mente que para argumentar é necessário haver o respeito mútuo.

1. Aceite seus próprios erros. Se você é culpado de algo, não tente encobrir seu erro tentando usar o comportamento do seu cônjuge como um dos motivos pelo seu erro. O comportamento do seu cônjuge não deve lhe induzir a fazer algo negativo. Por exemplo, se seu parceiro(a) está te traindo, ou te evitando, não use isso como uma validação para seus próprios erros.  

2. Assuma a responsabilidade por si mesmo. Não aceite os erros dele(a) como seus, mas também não negue os seus próprios.  Encontre maneiras de assumir a responsabilidade por seus desejos, seus erros, sua vida e suas ações. Comece por você, canalizando suas emoções em uma direção positiva.

3. Não traga questões irrelevantes. Quando estiver discutindo ou brigando, evite se referir ao que fizeram no verão passado. Discuta o que é necessário para o conflito atual. O passado já passou e não pode ser alterado, mas o que está sendo argumentado neste momento é algo que pode ser alterado. Foco na resolução do presente, não do passado.

4. Corrija as suas justificativas de seus erros. Muitas vezes quando transferimos a responsabilidade de nossos erros, alegamos que nossos cônjuges erraram por problemas comportamentais ou de personalidade. Já quando nós erramos, as justificativas são externas, com fatores fora do nosso controle.

5. Preste atenção nas suas próprias afirmações. Muitos psicanalistas dizem que usamos esse mecanismo de defesa quando não percebemos nossas próprias feridas internas, mas isso pode causar feridas dolorosas nas pessoas que mais amamos. Quando não percebemos nossas próprias vulnerabilidades, desencadeamos esse mecanismo de defesa, transferindo constantemente a culpa para os outros, protegendo com paredes elevadas nossos segredos mais valiosos. Em vez disso, observe seus sentimentos, aceite o que aconteceu e assuma a responsabilidade de ir em busca da cura. Não desvie seus sentimentos e emoções.

Conclusão

A auto-observação e autodisciplina estão no centro de todo o sucesso pessoal e profissional; você não pode conquistar o mundo se você não ganhar a batalha diária contra sua própria mente. Então, para ser bem-sucedido(a), você deve começar pela busca de seu empoderamento.

Aceitar que nossas falhas requerem que nos conheçamos melhor. Pequenos hábitos como a meditação e revisão diária do nosso dia, podem mudar completamente nossa vida, mas requerem dedicação. Leva tempo para implantarmos novos hábitos em nossas vidas.  Além disso, é normal errar. O importante é ter certeza de que você está aprendendo com seus erros.

Confie que você pode enfrentar seus medos e deixar de ser mais uma vítima deste jogo da troca de responsabilidade.

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Betina é empreendedora, Executive e Life Coach, mãe e especialista em marketing e CRM. Formada em gestão hoteleira, com MBA pela Rotman School no Canadá, e três certificações diferentes em coaching.

Sua missão é ajudar os indivíduos a organizarem suas vidas e trazer presença, entusiasmo e equilíbrio às suas atividades diárias.

Contatos da Betina: www.wity.tech e whatsapp +1 (970) 567-8483

> Aprofunde o tema no Podcast (em inglês) chamado “Why we blame others and how to stop this cycle”, com uma convidada da área de saúde, Christy Thiel, que você pode encontrar neste link https://open.spotify.com/episode/1RC6X2bJijiZrprFq5diGg

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Perdas e Ganhos, a gangorra da vida!

Perdas e Ganhos, a gangorra da vida!

Vocês já repararam que nascemos perdendo?  

A primeira grande perda é o útero materno, e começa assim a grande batalha pela vida! Depois perdemos o colo, e com esta perda vem uma grande conquista. Nós aprendemos a andar! O primeiro degrau para a liberdade, de muitos outros que virão.

Todo esse processo é feito de quedas, tombos e incentivos. Naturalmente nossos pais ou responsáveis nos estimularam os passos. Assim, lentamente vamos largando aquelas mãos protetoras, e no cair e levantar escolhemos nos equilibrar!

E esse caminhar, a grande vitória por mérito próprio, nos impulsiona a não sermos rastejantes e seguirmos caminhando!  Dessa forma, em mais um degrau a conquistar, deixamos o aconchego do lar e vamos para a escola, nosso grande primeiro círculo social pós família. Lá perdemos os nossos mimos diários e aprendemos a conviver com outras crianças, que também estão aprendendo a viver sem os mimos e as mãos protetoras da família.

O grande Poder

 E dentre essas perdas, vejam… GANHAMOS! É o poder incrível que exercemos. Perdermos para Ganharmos. Perdemos o abrigo, o colo, a casa… ganhamos uma escola, uma professora, amigos barulhentos. Alguns espaços diferentes… a alfabetização! O poder da escrita, leitura, as quatro operações matemáticas. E o melhor… o grande poder da análise e da interpretação! E é nesse momento que sabemos que podemos avaliar, criticar e revolucionar o nosso micro universo. É mesmo um grande poder, pois como um ser pensante, que elabora e interpreta, podemos ser a própria REVOLUÇÃO.

Revolução tanto INTERNA como EXTERNA!!! Nesse momento, jovens ainda, sabemos que teremos um mundo, mas teremos que nos colocar perante a esse mundo, como mocinhos ou vilões, ou seja, ganhando ou perdendo.

Com o percorrer da VIDA, vamos perdendo a primeira escola, conhecendo a segunda como um espaço maior… Tudo é novo, tudo é conquista, tudo é desbravador!

Um belo dia, perdemos um ente querido e, nessa perda, ganharmos um novo contexto familiar! Diante dessa dor, aprendemos a conviver com o luto! Automaticamente acontece um reposicionamento, como em um jogo de tabuleiro… as peças restantes se ajustam ao jogo e ganhamos nosso novo papel social e continuamos a luta, afinal, há muitos degraus a subir.

Perdas trazem Ganhos

E com o novo jogo de perdas e ganhos continuamos! Perdemos ser apenas FILHOS e nos tornamos PAIS. Agora somos os grandes responsáveis pela vida de outras pessoas, logo, qualquer movimento nosso os atinge, para o bem ou para o mal. E no meio deste paradoxo da vida só nos resta GANHAR, porque agora a vida que era só minha impacta diretamente meus filhos, meus pais que viraram idosos…

Diante de tantas experiências com perdas, nos sentimos triunfantes porque vencemos em pedacinhos, dessa forma sutil, leve, natural, e ganhamos AUTONOMIA! Autonomia para sermos adultos, pais, profissionais. Para SERMOS livres de amarras sociais.

E nessa louca roda viva, sabemos que PERDER É GANHAR! Na perda ganhamos um empoderamento, uma capacidade de nos REINVENTARMOS.  

Então… nunca devemos parar diante de uma perda. Elas virão! E virão sem pena e sem piedade, mas dessa forma você se refará. E, dentro desse círculo de perdas e ganhos, nos tornamos uma máquina de transformação, onde tudo acontece naturalmente. Uma mágica construção, de forma intrínseca, quase imperceptível.

E quando você percebe, você GANHOU! Meu convite é para que façam esta reflexão agora mesmo.

Orgulho se si

Perceba, Você é a pessoa que já perdeu muito, mas que no meio de tantas perdas, obteve muitos ganhos. Você é VITORIOSA!

Você superou as perdas e brinda seu sucesso. Percebeu que pode escolher buscar os GANHOS provenientes das PERDAS.

Diante do exposto, quero deixar evidente que perder faz parte da vida! Mas não podemos olhar somente por esse prisma, já que a vida é multicolorida! De cada perda, podemos sim enxergar um ganho. É o poder humano, a nossa capacidade de mutação, de aprimoramento, de reconstrução.

A vida é cíclica, e muitas vezes espiral, e nós sabemos que no meio de uma tormenta é quase impossível enxergarmos as “vantagens” de uma Perda. É com o amadurecimento, com uma boa rede de apoio, e com o propósito de sermos positivos que aprendemos com as nossas muitas quedas. E crescemos de tal forma, que parecia impossível.

Tenha sempre orgulho do que você conquistou. Mesmo que perdendo, Eu sei, Você sabe, QUE VOCÊ GANHOU!

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Débora atua como professora do Município do Rio de Janeiro há mais de 20 anos. É Pedagoga, Psicopedagoga Institucional e Clínica. É filha, mãe e avó.

> Gostou do artigo? Leia o primeiro texto da autora: A dor como segregadora social

>> Agradecimento pela Imagem:  Ratna Fitry

Autenticidade como caminho para o bem-estar

Autenticidade, o poder de ser você!

Quantas vezes você recuou um posicionamento, cancelou o início de um projeto ou até mesmo deixou de fazer algo que te traz satisfação por opinião de terceiros?  Você já considerou que estas opiniões podem não ter levado em consideração a sua naturalidade e sim como o aconselhador vê o mundo?

As pessoas têm dificuldade em aceitar o diferente e foi assim com Nicola Tesla, chamado por muitos de louco. Entretanto você possivelmente não estaria lendo este texto se não fosse ele ter inventado os geradores de corrente alternada que iniciaram a era da eletricidade.

Autenticidade e bem-estar

Quero trazer aqui uma forma diferente de pensar sobre este desafio, ou até mesmo coragem, que precisamos ter para encontrar o bem-estar através do pensar, relacionar e agir livremente. Simplifico a liberdade desses três pontos (pensar, relacionar e agir) como sendo a sua autenticidade. Quando não estamos alinhados com ela, gastamos tempo e vitalidade com agrados, obrigações e julgamentos. Caminhamos no sentido oposto da observação da vida, da apreciação da naturalidade em fazer e de se abrir para as experiências nos encontros.

Existem quatro pontos essenciais no desenvolvimento da sua autenticidade que possibilita o seu bem-estar. Lógico que não se trata de uma receita de bolo, pois cada indivíduo possui sua individualidade, mas se você aceitar a experiência destes quatros pontos, tenho certeza de que irá melhorar sua saúde emocional, mental e espiritual, além de evoluir em sua expressão verdadeira. Vamos parar de suspense e conhecer a Aceitação, Cooperação, Eu Verdadeiro e a Empatia e Entusiasmo. Na sequência vamos à prática, pois informação sem ação não se transforma em conhecimento.

1) Aceitação

Certa vez, Rose Eidman, uma caminhante brasileira de codinome Rose Trail, compartilhava sua experiência em percorrer a PCT (Pacific Crest Trail) com seus 4.286 km de extensão, cortando do sul ao norte os EUA. Lá pela metade da trilha ela se encontrava em uma região montanhosa e há dias ela só subia. Nada de plano, nada de descida, só subida. Após alguns dias subindo, ela acordou para mais um dia de caminhada e como de costume, consultou seu mapa para observar o que estava por vir. 

Foi quando percebeu que se tratava de mais um dia de subidas intensas. Naquele momento ela se questionou “O que eu estou fazendo aqui?”. Um lapso e ela considerou que tinha feito uma péssima escolha. Que chegara a hora de desistir.

Entretanto, logo percebeu que aquelas subidas faziam parte de sua escolha de percorrer toda a extensão da trilha. Era necessário tomar uma decisão quanto aos desafios que iriam surgir. Foi quando ela decidiu que a partir dali não ia mais reclamar dos desafios impostos pela trilha, enfrentasse ela mais 10, 20, 30 dias de subida, estaria tudo bem, pois aquela tinha sido a sua escolha e precisava aceitar o que surgia.

Aprendendo com o outro

Nesta história aprendemos que o importante é aceitar suas escolhas, sejam elas boas ou   ruins. Durante o processo podemos gerar resultados que não esperávamos, como subir   montanhas intermináveis, mas se tivermos a sabedoria de nos perdoar por estes resultados teremos alcançado a aceitação.

Esta é a primeira lei espiritual do seu eu verdadeiro. Ela te apoia a ficar de pé diante das suas escolhas, pois todas que fizer a partir de agora serão feitas de forma amorosa. Elas serão realizadas com consciência de que virão com custos e benefícios e tudo bem, você se perdoará e aceitará o que está por vir.

O resultado mais importante e encantador da prática da aceitação é a oportunidade de sair do jogo da vítima, assumir que sua vida está exatamente da forma que deveria estar. Você se torna responsável por suas escolhas.

2) Cooperação

Para que haja cooperação consigo é preciso compreender as ações que funcionam e as que não funcionam em seu processo de evolução. Já recebemos uma dica de como reconhecer estes momentos utilizando a aceitação.

O que te apoia, mantenha vivo e aperfeiçoe. Já o que não te apoia, reconheça como parte de você mas não dê espaço para que isto prevaleça, ou seja, abra mão sem medo, mas não o negue.

                       Doença não é o que pegamos, mas o que não eliminamos, e o que não eliminamos é o que nos adoece. Essencialmente, precisamos soltar o que já não nos serve. (John Roger – JR)

Afinal, viemos ao mundo para aprender! Coopere com você escolhendo ações que funcionem e te elevem, assim você estará mais próximo de uma vida saudável e com bem-estar.

3) Eu Verdadeiro

Até aqui já aprendemos a nos aceitar e a cooperar conosco. Agora vamos elevar mais um nível, onde aprendemos que todas as circunstâncias que vivemos servem como aprendizado, sejam elas boas ou ruins.

 Buscar o aprendizado quando estamos vivenciando um momento agradável é fácil. A coisa se complica nos momentos ruins. Tendemos a negar estas circunstâncias enquanto elas estão em curso. Porém, nestes momentos é que temos grandes aprendizados na vida. Para se certificar disto basta recordar quais foram os momentos em que você mais aprendeu, e certamente perceberá que uma quantidade significativa aconteceu em momentos difíceis.

Entretanto, não precisamos distinguir momentos ruins de momentos bons, pois são todos momentos de aprendizado e, quando aceitamos que tudo em nossa vida surge para nos evoluir, fica mais fácil cooperar conosco e seguir no processo da evolução.

Não estou querendo dizer que os momentos difíceis não vão lhe causar dor, mas esta pode ser reduzida em tempo e intensidade, quanto mais você entender que a dor nada mais é que um processo de aprendizado. Deus dá o frio conforme o cobertor. Em outras palavras, nada será colocado em sua vida que você não consiga resolver.

Acontecimentos fáceis ou difíceis chegam, pois estamos prontos para aprender.

4) Empatia e Entusiasmo

“Cuide primeiro de você para depois cuidar dos outros – J.R”

 A frase acima contraria o que aprendemos ao longo da vida pois somos estimulados a estar sempre a postos para cuidar do outro. Caso contrário, recebemos o título de egoístas.

No entanto, como você poderá cuidar de alguém se descuida ou negligencia o seu próprio cuidado?

Autenticidade, caminho para o bem-estar

Até aqui as três Leis que conhecemos trabalharam o nosso interior.  Em nosso amor, cuidamos primeiro de nós e agora, fortalecidos, podemos seguir em frente. Todavia, de que serviria estarmos bem conosco, fortalecidos em nossos talentos de transformação, se não os utilizarmos para melhoria do mundo que nos cerca?

Agora você segue ao encontro do outro com consciência e clareza de quem você é, dos talentos que possui, e partilha do amor e serviços aos que precisam da sua transformação.

Reconhecer a necessidade no outro e estar consciente e a serviço para resolvê-la, com amor, é atingir a empatia embebida de nossa autenticidade que nos nutre de entusiasmo.

Autoconhecimento

Autoconhecimento quando somente para você é egoísmo, mas quando você coloca quem você é para o mundo, você o faz pela empatia.

Apesar de tudo que foi dito acima ser algo muito simples, infelizmente não é fácil. Pede dedicação, clareza nas escolhas e autorresponsabilidade. Mas estar consciente em seu dia a dia destes quatro pontos te trará saúde, muito além do físico. Trará saúde do espírito.

Esses caminhos podem ser bem agradáveis de experimentar se você escolher uma área da sua vida para aplicar. Pode ser nos relacionamentos, carreira, financeiro, saúde. Você escolhe!

Vamos praticar

Como disse no início, informação sem ação não gera conhecimento, então vamos à prática com um exercício simples, que vai te trazer à consciência na mesma profundidade em que se envolver com ele.

Vamos pegar a saúde como exemplo, mas você pode aplicar naquilo que escolheu.

O quê nessa área da sua vida você não está aceitando? O que você faz para não cooperar com ela? Qual entendimento você tem sobre essa área? Que insatisfação isso te gera?

Todas as respostas acima fazem referência ao seu eu falso, mas agora você já o conhece e sabe os pontos que deve ficar alerta.

Agora vamos às perguntas para o eu verdadeiro…

O que você deseja aceitar nesse momento sobre essa área da vida? Como você pode cooperar dentro dessa ação em aceitar? Qual é o seu entendimento sobre o que funciona para você? Qual entusiasmo te gera quando você constrói essas respostas? E como se sente diante do outro? Você acredita que este caminho pode te possibilitar saúde e bem-estar?

Eu não estou trazendo uma única verdade, estou apenas te convidando a experimentar e saber se funciona para você! Você é livre para fazer escolhas claras e amorosas todos os dias!

A autenticidade é um caminho de aceitar, cooperar, entender você e, claro, compartilhar! Experimente!

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Elaine é Mentora, Coach, Consteladora Familiar e Facilitadora e Criadora do Empreender Autêntico. 

Site: https://elainearaujocoach.com.br/

Instagram: https://www.instagram.com/elainearaujo_ea/?hl=pt-br

>>> Gostou deste artigo e quer saber mais? Leia o artigo de nossa fundadora Andréa Destri – A felicidade em ser você

>>>Agradecimento de Imagem: wayhomestudio ✨

E a tal da felicidade, como fica?

Felicidade e Escolhas

Todo dia estamos ouvindo por aí as pessoas falarem sobre um tema que a maioria tem como meta: SER FELIZ!

Esse nosso dia-a-dia, que cada vez mais passa “voando”, muitas vezes confundindo nossas agendas e não priorizando o que realmente é essencial, nos leva a refletir se a felicidade é um conceito objetivo ou subjetivo.

Será que a minha percepção de felicidade é única, coletiva ou, na verdade, cada um tem a sua?

Ser feliz é estar à frente com essa dúvida que muitas vezes nos leva até a tentar negar nossa existência. De fato, essa tentação é maior pois é mais fácil não aceitá-la do que imaginar sua existência e aceitarmos que não a possuímos.

Ficamos frente a frente com uma questão pouco discutida, e quase nunca refletida, em nosso cotidiano que nos atropela, deixando-a para segundo plano, o das ideias, o do imaginário, quer seja positivo ou negativo, mas de qualquer forma distante…

Quando paramos pra pensar, vemos que encarar a vida não é nada fácil, pois o que mais temos que fazer são escolhas. E cada escolha significa que renunciamos a um outro modo de ser, de fazer outras escolhas.

Estamos nessa corrida desenfreada da nossa existência, condenados a fazer escolhas!

E assim podemos errar ou acertar, perder ou ganhar, tudo dependendo do que viermos a escolher.

Assim, se conciliarmos nossas escolhas com a angústia que sempre nos acompanha, emocionalmente ficamos numa situação muito mais complexa.

Podemos responder o que é a tal felicidade?

Eu me arrisco a dizer que ser feliz não é, necessariamente, estar sempre alegre. O sofrimento e a angústia também fazem parte da vida e da própria felicidade. Se tudo na vida fosse só alegria, as pessoas não dariam real valor à felicidade…

Quantas vezes para sorrirmos é tão importante termos chorado antes? Chorar para saber como é bom sorrir… Quando falamos em saudade, então as coisas se tornam ainda mais complexas. Principalmente nesse momento de pandemia, onde estamos restritos, isolados, nos obrigando a saber o quanto gostamos de alguém…

Nessas condições muitas vezes até temos tudo, mas perdemos a sensação de valor e pode parecer que não temos nada.

Nossa vida é um constante movimento e, por isso, vamos viver o momento, não deixando o passado de lado e projetando nosso futuro.

Infelizmente não poderemos escapar dos momentos difíceis que fazem parte da nossa vida e que não conseguiremos evitar, porém são momentos necessários para aprendermos, para que possamos escapar de coisas similares no futuro.

Usando o ponto de vista do filósofo Karl Jaspers percebemos que ele ressalta: “Os problemas e conflitos podem ser a fonte de uma derrota, uma limitação para a nossa potencialidade, mas também podem dar lugar a uma maior compreensão da vida e o nascimento de uma unidade que se fortalece com o tempo.”

Assim, com essas visões a estes pontos de vista, podemos concluir que a felicidade não pode ser compreendida como uma coisa ditada, por uma essência pré-definida existente no homem, ou como um sentimento.

Assim podemos nos fortalecer e até sugerir entender a felicidade como o nosso dia-a-dia, como a nossa própria vida sendo vivida de maneira intensa e com responsabilidade nas próprias escolhas que fazemos, seja nas alegrias ou nos sofrimentos, buscando sempre um aprendizado.

Quando vamos para o Universo Corporativo percebemos que também se aplicam as observações e comentários, pois não somos divisíveis e nosso interior nos acompanha. Nesse caso as escolhas muitas vezes são muito difíceis, mas fazem parte da nossa jornada, aprendendo todo dia, sendo forte o bastante para entender quão complexo é ser feliz e que nem sempre só coisas boas são necessárias para o caminho rumo à felicidade.

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Edmundo é Conselheiro certificado pelo IBGC e vem se dedicando ao desenvolvimento de Novos Negócios. Também atua como Diretor Institucional da EqualWeb Brasil, uma plataforma Israelense para Acessibilidade Digital à pessoas com problemas visuais e de mobilidade.

*Texto baseado nas reflexões de Mary Alvarenga  http://www.filosofia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1292

>>> Artigos sobre o tema Felicidade: A felicidade em ser você

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