Engajamento na Nova Era com a Psicologia Positiva.

Engajamento na Nova Era usando os princípios da psicologia positiva

Você sabe como (se) engajar?

Estamos vivendo um novo momento em nossas vidas, seja pela mudança das nossas rotinas, seja pelo despertar das nossas consciências, seja pelo medo das perdas e pela valorização da vida.

Esse novo momento caiu de paraquedas em nossas cabeças, mas, ao mesmo tempo que já dava sinal de uma doença humana instalada e no automatismo que vivíamos, cresceu sem que enxergássemos.

Essência, o amor

O novo momento veio para que pudéssemos valorizar o que realmente tem valor e pudéssemos nos conhecer melhor, pois muitos de nós vivíamos totalmente fora da realidade deixando muitas das vezes a vida levar….  

O bem mais precioso que temos somos nós mesmos e infelizmente não estávamos dando o valor necessário.

Somos criaturas humanas e precisamos um do outro, pois somos feitos da mesma essência, o amor.

Nesse sentido, tenho conversado com várias pessoas e na maioria o sentimento é o mesmo… vazio, perdido, pensativo, ansioso, com medo… como também percebo muita vontade de ser feliz.

Quantas coisas boas também conseguimos aprender, compartilhar e talvez começarmos a entender um pouco o sentido da vida? Ou seja, temos que olhar para esse momento como uma grande oportunidade de voltamos para dentro de nós mesmos. Fomos resgatados a tempo ainda de fazer as mudanças que tanto desejamos e que começam em nós mesmos.   

Flow, engajamento, psicologia positiva

Para termos a tal felicidade sonhada que chamamos de flowestado que deixamos fluir a positividadeprecisamos de mais engajamento na vida profissional e pessoal, pois uma não anda sem a outra.

Para termos engajamento, a melhor ferramenta da psicologia positiva no meu entendimento é o uso das forças de caráter.

De acordo com os pesquisadores da psicologia positiva Martin Seligman e Christopher Peterson, forças são elementos de caráter associados a virtudes. Para eles, as forças são “ingredientes psicológicos” que definem as virtudes.

Vamos falar um pouco dessas virtudes e forças?

 Sabedoria e conhecimento:

  • Criatividade
  • Curiosidade
  • Mente aberta
  • Amor ao aprendizado
  • Perspectiva

Coragem:

  • Bravura
  • Persistência
  • Integridade
  • Zest ou vitalidade

Humanidade:

  • Amor
  • Bondade
  • Inteligência Social

Justiça:

  • Cidadania
  • Equidade
  • Liderança

Temperança:

  • Humildade e modéstia
  • Prudência
  • Autorregulação ou autocontrole
  • Perdão e misericórdia

Transcendência:

  • Apreciação da beleza e da excelência
  • Gratidão
  • Esperança
  • Humor
  • Espiritualidade

Possuímos as 24 forças em diferentes níveis e as nossas forças de assinatura são as cinco que usamos com mais intensidade.

Assim, quando empregamos essas 5 forças com intensidade em tudo que fazemos, sentimos a grande diferença no engajamento, nos sentindo felizes, motivados, com foco e muito mais produtivos.

As empresas estão utilizando cada dia mais as ferramentas da psicologia positiva para criar uma grande força de engajamento de seus colaboradores, pois conforme pesquisa feita pelo Instituto Gallup com 225 mil pessoas em 142 países, o percentual de colaboradores engajados resume-se a meros 13% da força de trabalho mundial. Isso significa que apenas 1 de cada 8 trabalhadores está engajado.

Profissionais engajados são, hoje, o sonho de toda empresa. E há bons motivos para isso. Pesquisa feita pelo Gallup com mais de 1,3 milhão de trabalhadores em 192 organizações descobriu que aquelas nas quais o engajamento é maior, 22% são mais lucrativas, 21% mais produtivas, e o absenteísmo é 37% menor do que aquelas que apresentam menor porcentagem de colaboradores engajados. 

Portanto, precisamos nos conectar mais com as emoções positivas que geram vínculo, são elas:

O amor, a alegria, a satisfação, o respeito e a gratidão. Essas emoções tendem a resultar numa relação mais próxima, estimulando o vínculo interpessoal.

 E você: o que está fazendo para ser feliz?

Com muito amor Cátia Magalhaes

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>>> Cátia é Diretora Executiva na D’or Consultoria, especialista em saúde suplementar e programas de qualidade de vida com experiência de mais de 27 anos. É formada em seguros, psicologia positiva e master coach. Apaixonada por pessoas!

Quer conhecer mais sobre o conceito de Flow? Leia o artigo de Nélio Bilate: Propósito de Vida, o amor como condutor • friendsBee

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O que eu vim fazer aqui? A pergunta que sempre me faço

Dia Internacional da Mulher

Já me fiz essa pergunta muitas vezes ao longo da minha trajetória profissional, principalmente quando me deparei com ambientes de trabalho muito masculinizados e machistas. Acredito que muitas mulheres também fazem essa pergunta para si mesmas no seu dia a dia.

Jornada do autoconhecimento

A resposta veio junto com a minha jornada de autoconhecimento: Eu vim ser eu mesma.

A partir daí, decidi seguir em frente, ajudar na transformação do mundo corporativo e da nossa sociedade, e assim mudar as estatísticas que mostram que as mulheres representam menos de 14% do quadro executivo das 500 maiores empresas do Brasil.

Na escalada corporativa, alcancei posições mais próximas das decisões. Nessa jornada, vi a necessidade de diversidade ganhando cada vez mais importância na minha carreira e nas organizações. A multiplicidade de olhares e a capacidade de diálogo incrementavam tanto a inovação de produtos e serviços e, sobretudo, a experiência de funcionários, clientes, fornecedores, consumidores e todos os outros públicos que as empresas interagem, incluindo a sociedade em geral.

Assim, ao longo da minha carreira, também aprendi que paralisar o jogo por medo de arriscar e de enfrentar situações desafiadoras é desperdiçar o futuro e deixar de construir um legado significativo. Nesse sentido, ao enfrentar os problemas e dilemas, os horizontes se abrem e o seu propósito amadurece.

Nós no mundo

Fui conversar com a psicóloga Marta Lenci que afirmou que, mesmo com as mudanças do mundo, as inquietações humanas são as mesmas desde sempre. Por outro lado, nesse mundo atual, tudo nos distrai de nós e quase não temos tempo para responder a perguntas fundamentais :

  • Quem sou eu?
  • De onde eu vim?
  • Para onde eu vou?
  • O que devo fazer?
  • Qual é o propósito da minha vida?
  • Que tipo de pessoa eu quero ser?
  • O que eu estou fazendo para ser quem eu quero ser?

Concordo com a Marta que é a partir do autoconhecimento que podemos nos libertar da ilusão, dos equívocos, dos condicionamentos da mente, do excesso dos desejos e aversões, das identificações, das projeções, dos medos, dos autojulgamentos, das autossabotagens. E que vale o esforço para responder a essas perguntas.

Acredito que o autoconhecimento é a força motriz da ação, realização e o usamos para fazer escolhas mais conscientes – não só sobre o que se faz, mas como se faz e porque se faz. Em outras palavras, ao ter certeza de quem somos e das nossas motivações, ganhamos maturidade emocional para sobreviver às incertezas da vida.

O mundo é um lugar dinâmico, um campo de experiências, de aprendizagem, de desenvolvimento, de testagem, de investigação, de obstáculos e de facilidades para aprendermos, nos desenvolvermos e encontrarmos o nosso propósito, respondendo, talvez, quem sabe, àquelas perguntas inevitáveis. É assim para todos nós, Humanos -homens e mulheres.

É por isso que as organizações estão, cada vez mais, investindo em desenvolvimento pessoal, entendendo que pessoas mais conscientes dos seus propósitos e características têm também mais confiança no seu potencial, mais vontade de ir além, mais facilidade de fazer escolhas e de definir prioridades.

A empresa ganha quando o funcionário ganha.

O desenvolvimento pessoal também se refere a habilidades aprendidas para lidar com a vida; valores éticos; determinação, coragem, confiança; capacidade de observação, bem como bom senso e agilidade para se relacionar com dificuldades e obstáculos; conhecimento do próprio corpo, mente e emoções; empatia; compreensão de seus limites; visão da realidade como ela é; construção de uma rede de apoio; capacidade de realização e de execução.

Aprendizados e Legado

Este aprendizado se intensificou para mim nos últimos anos, quando comecei a me questionar do porquê não havia tantas mulheres em cargos de maior responsabilidade nas organizações. Resolvi então entender melhor esta questão, liderei a formação de uma rede de mulheres e resolvi escrever o livro Mulher Alfa – liderança que inspira.

Nesse sentido, trago no livro histórias de mulheres comuns, que têm coragem, autenticidade, resiliência, força e empatia! Que sonham e realizam seus sonhos – e assim seguem inspirando os que estão à sua volta com seus propósitos de vida.  

Dessa forma, meu desejo é que mais mulheres sirvam de exemplo para futuras gerações, que exigem e precisam de diversidade para transformar o mundo em um lugar melhor para todos.

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>>> Cristiana acumula mais de 25 anos de experiência em empresas nacionais e internacionais com foco em Relações Públicas, Marketing, Sustentabilidade e Inovação. Em 2018 publicou o livro “Mulher Alfa, liderança que inspira”, com intuito de promover diversidade e inclusão. www.mulheralfa.co

Instagram da psicóloga Marta Lenci – @martalencipsi

>>> Se interessa por autoconhecimento? Recomendamos este artigo incrível da Aline Craveiro Nossa História – perspectiva de passado, presente e futuro

Imagem de Alexandra Haynak ✨

Cultura Organizacional e Saúde Emocional

Cultura Organizacional e Saúde Emocional

Costumo dizer que uma cultura que promove a saúde emocional dos seus integrantes é aquela em que os melhores talentos do mercado querem trabalhar.

É uma fórmula em que todos ganham: funcionários com boa saúde emocional trabalham melhor, são mais criativos e produtivos, atendem melhor seus clientes e geram melhores resultados para a organização. Isso é verdade para toda a cadeia produtiva, incluindo fornecedores, os próprios clientes e todos os interlocutores da organização. E quando a organização tem sucesso e as pessoas gostam de trabalhar lá, ela se torna um imã para atrair gente de talento, reforçando um círculo virtuoso.

Cultura Organizacional: boa ou ruim?

Mas existem também culturas “ruins,” que geram círculos viciosos. Quais seriam os critérios para definir quando uma cultura é boa ou ruim?

Nas décadas de 70 e 80 trabalhei com um instrumento que descrevia 24 características de organizações sadias e não-sadias (1). Com o passar do tempo, percebi que o instrumento tinha um forte viés cultural norte-americano, e como tal não deveria ser utilizado em outras culturas como, por exemplo, o Brasil, sem antes passar por uma adaptação cuidadosa. Aprendi, portanto, que a cultura organizacional não existe de forma independente de seu contexto: o ambiente social e econômico na qual está inserida (2). As culturas anglo-americanas, por exemplo, reforçam a disciplina, o esforço e os resultados, mas a tal ponto que geram estresse excessivo e os chamados workaholics, pessoas viciadas em trabalhar.

Vai daí que nenhuma cultura organizacional deve ser julgada per se, de forma absoluta. As culturas devem ser julgadas em relação aos Propósitos das organizações, que podem ser descritos, de forma generalizada, como sendo “fornecer um produto/serviço de forma a satisfazer seus clientes, proporcionando retorno financeiro e psicológico a seus acionistas, funcionários e à comunidade como um todo”. Partindo desse pressuposto, existem duas perspectivas fundamentais a considerar: a execução da estratégia de negócios das organizações; e a saúde emocional dos seus colaboradores e interlocutores.

Cultura, Estratégia, Saúde Emocional

A perspetiva da estratégia organizacional trata da coerência entre a cultura e a execução dessa estratégia. Destaco, apenas como exemplo, os casos da Apple e da Microsoft, duas empresas de tecnologia. A Apple tem uma cultura de inovação que é coerente com sua estratégia. A Microsoft investia o dobro da Apple em pesquisa e inovação mas teve resultados desapontantes durante quase duas décadas, porque sua cultura conflitava com sua estratégia. Nos últimos cinco anos, a Microsoft deu um salto e hoje seus resultados superam as expectativas e rivalizam com os da Apple.

Mudou a cultura? Não: mudou o CEO e mudou a estratégia. Meu ponto é esse:

Manter uma estratégia coerente com a cultura é fundamental para que a organização seja bem sucedida, mas mudar a estratégia é mais fácil do que mudar a cultura.

Portanto, é fundamental desenvolver uma cultura consistente e que não entre em choque com a estratégia de negócios. Isso nos leva à outra perspectiva: a da saúde emocional dos funcionários, fornecedores e clientes da organização.

Quando a cultura é estressante, isso é ruim para os funcionários, para os fornecedores e também para os clientes. A incoerência entre a estratégia e a cultura organizacional também gera estresse, pois a falta de sucesso nos negócios da organização gera estresse também entre os funcionários e seus interlocutores. A incompetência na gestão de negócios afeta também a cultura negativamente, tanto quanto a própria incompetência na gestão cultural.

O que caracteriza uma cultura organizacional que promove a saúde emocional não é uma cultura totalmente voltada para as pessoas; é uma cultura de equilíbrio, na qual se considera que não há sucesso nos negócios sem cuidado com as pessoas; e que as pessoas se beneficiam também quando há sucesso nos negócios.

Cultura Ideal

Em termos práticos, uma cultura ideal é aquela em que:

  1. Todos compreendem e endossam os objetivos da organização – do CEO ao nível operacional.
  2. As pessoas ficam à vontade para discutir problemas e buscar soluções.
  3. O clima é informal e colaborativo.
  4. A competição é dirigida para os concorrentes e mantida ao mínimo entre colegas.
  5. As questões consideradas importantes incluem as necessidades emocionais dos integrantes e interlocutores da organização.
  6. Nas crises, as pessoas não escondem os problemas e rapidamente se juntam para buscar soluções.
  7. As opiniões dissidentes são apreciadas como parte do processo crítico de buscar as melhores soluções.
  8. O foco das discussões está na troca de ideias, ao invés da troca de ofensas pessoais.
  9. As pessoas se divertem no trabalho.
  10. Os erros e insucessos são fontes de aprendizagem, enquanto que os êxitos são comemorados e reconhecidos.
  11. As pessoas não trabalham por dinheiro, mas porque acreditam naquilo que estão fazendo e se sentem reconhecidas pelo que fazem.
  12. Existe confiança mútua entre todos os integrantes e interlocutores da organização.
  13. As mudanças necessárias são implementadas com facilidade.
  14. As lideranças delegam tarefas sem abdicar de responsabilidades.
  15. Os líderes são acessíveis.
  16. As pessoas trabalham na organização por escolha, e não por não terem outra opção.
  17. Cada um sabe claramente qual é a expectativa sobre o seu desempenho.

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  1. Some characteristics of healthy and unhealthy organizations, em Leadership and Command at Senior Levels, documento das Forças Armadas dos EUA.
  2. Clima e Cultura Organizacional: entender, manter e mudar, de Fernando Lanzer. KDP Publishing, 2018.

Fernando Lanzer é Psicólogo com especialização em Desenvolvimento Organizacional pela UFRGS, de nacionalidade holando-brasileira, atuou como executivo de Recursos Humanos por mais de 28 anos liderando mudanças estratégicas e intervenções de DO.

Hoje atua na LCO Partners, empresa que fundou, e presta consultoria internacionalmente em Cultura, Estratégia, Liderança.

Autor dos livros: “Take Off Your Glasses” (2012), “Cruzando Culturas” (2013), “Bedtime Stories for Corporate Executives” and “The Meaning Tree” (2015),

e o recém-lançado “See What The Dutch Say”

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Se interessa por Propósito? indicamos o artigo de Nélio Bilate: Propósito de Vida, o amor como condutor • friendsBee

Quer saber mais sobre Saúde Emocional? indicamos o artigo de Andréa Destri: Onde nasce a sua Saúde Mental? #janeirobranco • friendsBee

Equilíbrio da vida de uma mãe executiva no mundo do autismo

mãe executiva no mundo do autismo

Quando recebi o convite da Andréa, fundadora da friendsBee, fiquei pensando na minha jornada sendo mãe dos meus filhos Arthur, que possui o diagnóstico de autismo com grau severo, e Felipe, que é uma criança “típica” como a classe médica denomina, e ao mesmo tempo, ser uma profissional.

Após uma gravidez complicada, Arthur chegou com muita alegria e vem modificando as nossas vidas diariamente. Com dois anos e meio, obtive o diagnostico que meu filho tinha autismo e recordo de uma frase que a médica que proporcionou o diagnóstico na consulta me disse: ”a criança que entrou nesse consultório é a mesma que vai para casa com você”. A minha ansiedade de mãe, grávida de meu segundo filho Felipe, naquele momento era saber o que estava acontecendo com o meu filho Arthur. E, a partir dessa definição, fui para a luta! Busquei os melhores profissionais para atender o meu filho, sabendo que quanto antes ele tivesse suporte, seu futuro com autonomia poderia ser mais próximo.

Acredito que a força que tive naquele momento, naquele consultório e com aquela médica, foi graças à criação que tive por meus pais, o meu estudo pela faculdade de psicologia, sentir a força do meu segundo filho Felipe dentro da minha barriga e o elemento mais importante que os meus filhos Arthur e Felipe representam para mim: AMOR

Escolhas

Desde que tive o privilégio de ser mãe, trabalho arduamente para equilibrar a minha vida profissional e pessoal, e com certeza não existe uma fórmula mágica, inclusive conto com muito apoio de meu parceiro de vida. Porém sempre é possível fazer escolhas que possam tornar essa dinâmica mais leve, e a primeira delas é priorizar o precioso tempo. Na minha rotina semanal de trabalho, fecho o meu computador no máximo às 18h30 e dedico o meu final de semana 100 % à minha família.   

A segunda escolha é entender qual é o perfil da empresa e escopo de trabalho adequado com o meu momento de vida. Sempre escolhi trabalhar em empresas em que valor humano seja prioridade. Sem esse propósito nada disso faria sentindo para mim.

A terceira escolha é entender o meu limite. Talvez não consiga estar presente em cada passo detalhado de meus filhos, mas com certeza garantirei que a jornada de cada um deles seja realizada com muito amor e inclusão, tema esse que já faz parte da minha vida pessoal e profissional desde a minha juventude.

Espero que, nesse ano de 2021, o tema diversidade e inclusão continue, e que não seja somente mais uma onda. E que muitos Arthur, Felipe, vivenciem um mundo onde todos tenham a oportunidade de experienciar o amor e serem respeitados!  

Thatiana é executiva em Recursos Humanos na adidas, com passagem por empresas de expressão mundial. Atua como Conselheira da Fundação FADA, desenvolvimento de pessoas com autismo. Sua paixão é o poder da diversidade e da inclusão para evolução econômico-social.

>>> Gosta do tema Inclusão? indicamos este artigo: https://www.friendsbee.com/beeblog/diversidade-e-inclusao-uma-jornada-de-respeito/

Imagem cedida pelo fotógrafo Michal Parzuchowski ✨

O Carnaval e as 4 grandes incapacidades atuais da Humanidade

carnaval e as 4 grandes incapacidades da humanidade

A partir das 4 grandes incapacidades atuais da humanidade – dialogar, cooperar, confiar e lidar com incertezas e inseguranças em um mundo que experimenta uma complexidade crescente, começo esse texto que fala também sobre cultura, valores e ambiente de confiança, pautado em um tema que me chamou atenção recentemente – o carnaval de 2021 no Brasil.

Vai ter carnaval? Qual carnaval ou quais carnavais? O feriado, os desfiles, os blocos de rua, os trios elétricos ou a comemoração do que o carnaval representa como demarcação de um período religioso?

Não sei responder a essa pergunta e acredito que muitos dos que estão lendo também não sabem, pois as decisões dos governantes e das organizações privadas não refletem um posicionamento único e claro.

Note que o que trago para reflexão aqui não é sobre carnaval, feriado ou algo do gênero, mas sobre as 4 incapacidades citadas. Se nas decisões houvesse consenso, diálogo e cooperação e uma real habilidade de lidar com incertezas, não haveria este texto.

Em função da pandemia muitas decisões tiveram que ser tomadas e outras tantas ainda deverão acontecer. Algumas afetaram a economia, a educação e o ambiente de trabalho, entre outras consequências que não gostaríamos de experimentar. Outras de fato nos protegeram de riscos de uma expansão vertiginosa dos males causados pela Covid-19.

Mas vamos refletir sobre alguns pontos e seus impactos nas organizações e na sociedade?

Diálogo

Costumo dizer que o diálogo é uma das habilidades perdidas da humanidade. Isso nos impede de resolver conflitos sociais, econômicos e ecológicos. Nos mantém polarizados e, de certa forma, com a nossa capacidade de pensar fragmentada, nos isolando em nossas próprias opiniões que são fortalecidas pelos já famosos algoritmos das redes sociais, que sempre nos apresentam ideias semelhantes e favoráveis às que acreditamos.

Mas, no mínimo no âmbito das organizações, essa decisão quanto ao carnaval poderia e deveria ter sido objeto de diálogo. Algo como: seus filhos provavelmente não terão aulas, instituições financeiras estarão fechadas, algumas outras organizações não terão expediente etc., e existe um decreto, uma orientação por parte dos governantes. Em função disso o que é melhor para nós como organização? Vamos conversar, dialogar e refletir para chegarmos na melhor decisão?

Cultura

 “O modo como as coisas são feitas por aqui.” (Barrett Value Center) Essa definição de Cultura é a melhor que eu conheço pois reflete a qualidade da ação, a coerência e congruência entre o que se propaga e o que realmente se faz no dia a dia.

Considero que o carnaval está culturalmente instalado, mas as decisões demostram caminhos diferentes. Quais seriam as boas perguntas nesse momento?

Me arrisco nessas: De certa forma um distanciamento do que há anos vem sendo praticado nessa empresa fere algum dos valores que professamos? Quais são os valores que nos guiam? Produtividade e lucratividade ou respeito ao ser humano e às tradições, por exemplo?

Confiança

Em um ambiente de confiança sempre há uma dosagem de certeza e, principalmente, de clareza nos movimentos realizados pela alta gestão. Há também condições de expressão da vulnerabilidade, da discordância, do pensar de forma diferente, com a certeza de que não haverá punição, repressão ou ainda pior – a exclusão.

Se a decisão for tomada sem levar em conta o diálogo e a cultura haverá quebra de confiança? O que os colaboradores irão experimentar? Poderão se manifestar livremente? Poderão tomar decisões contrárias dentro da sua esfera de autonomia e responsabilidade?

Cooperar na direção de algo maior

Há falas de alguns governantes que direcionam a interpretação de que os indivíduos são incapazes de se manter em casa no carnaval, sem se aglomerar. Há uma crença de que realmente não sabemos cooperar em sociedade. Regras, Leis e Decretos são criados a partir dessa mentalidade.

O que falta para que a cooperação seja altamente utilizada? Quando vamos, como sociedade, banir palavras e conceitos originados em ambientes de guerra? Como fazer da colaboração e da força de um coletivo sadio, onde todos se ajudam mutuamente, o padrão de comportamento em momentos de crise?

Incertezas e Inseguranças e a Complexidade Crescente

Muitos propagam e até anseiam pelo “novo normal”, porém eu acredito no conceito de “novo anormal”. Neste modelo precisaremos conviver com paradoxos, incertezas, inseguranças e, principalmente, com uma complexidade crescente e, nesse cenário, uma decisão não segue mais a lei da causa e efeito, não é mais linear e tampouco óbvia.

Precisamos ampliar a nossa capacidade de fazer intervenções na Complexidade, cientes de que o feedback sistêmico pode trazer uma resposta bem diferente da que esperávamos, como por exemplo: esperar que as pessoas que estarão trabalhando não estarão aglomeradas, ampliando a disseminação do vírus causador da pandemia? E obter como resposta efetiva à manutenção crescente dos níveis de contaminação, acrescidos de diversas métricas de que foram dias improdutivos, sujeitos à acidentes de trabalho, aumento de custos, etc…

Conclusão

Acredito que nesse momento é imperativo desenvolver e preparar líderes, das organizações públicas e privadas, com habilidades, capacidades, conhecimentos e atitudes. Que, além de ampliar os seus respectivos níveis de consciência em prol de uma sociedade e de uma humanidade melhor, nos guiem na direção do diálogo, da confiança, da efetiva gestão cultural, da cooperação e, principalmente, nos preparem para atuar com sobriedade dentro do “Novo Anormal”. Cenário que virá carregado de incertezas, inseguranças e imprevistos, mas que poderá ser nutrido com doses elevadas de “humanocracia“, onde o ser humano ocupará, de verdade, o local central das decisões e dos investimentos.

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Alexandre Marques é Administrador de empresas, formado pela Universidade Mackenzie e com MBA em Marketing pelo Insper.  É Co-Fundador e CEO da Integraum Consultoria, e assim materializa e integra o seu mais novo projeto com o objetivo de desenvolver pessoas e compartilhar seu conhecimento para construir uma humanidade melhor.

Entusiasta dos temas: Teoria Integral, Teoria U, Complexidade, Recursos Humanos, Liderança, Metodologias Ágeis, Gestão de Polaridades e Transformação Cultural entre diversos outros.

Quer conhecer mais sobre cultura, liderança, novo anormal, complexidade e polaridades entre outras temas que trarão um novo olhar para a realidade?

Acesse: www.integraum.com.br ou nas redes sociais @integraumconsultoria

Agradecimento pela foto à Sachin Bharti ✨

E a tal da felicidade, como fica?

Felicidade e Escolhas

Todo dia estamos ouvindo por aí as pessoas falarem sobre um tema que a maioria tem como meta: SER FELIZ!

Esse nosso dia-a-dia, que cada vez mais passa “voando”, muitas vezes confundindo nossas agendas e não priorizando o que realmente é essencial, nos leva a refletir se a felicidade é um conceito objetivo ou subjetivo.

Será que a minha percepção de felicidade é única, coletiva ou, na verdade, cada um tem a sua?

Ser feliz é estar à frente com essa dúvida que muitas vezes nos leva até a tentar negar nossa existência. De fato, essa tentação é maior pois é mais fácil não aceitá-la do que imaginar sua existência e aceitarmos que não a possuímos.

Ficamos frente a frente com uma questão pouco discutida, e quase nunca refletida, em nosso cotidiano que nos atropela, deixando-a para segundo plano, o das ideias, o do imaginário, quer seja positivo ou negativo, mas de qualquer forma distante…

Quando paramos pra pensar, vemos que encarar a vida não é nada fácil, pois o que mais temos que fazer são escolhas. E cada escolha significa que renunciamos a um outro modo de ser, de fazer outras escolhas.

Estamos nessa corrida desenfreada da nossa existência, condenados a fazer escolhas!

E assim podemos errar ou acertar, perder ou ganhar, tudo dependendo do que viermos a escolher.

Assim, se conciliarmos nossas escolhas com a angústia que sempre nos acompanha, emocionalmente ficamos numa situação muito mais complexa.

Podemos responder o que é a tal felicidade?

Eu me arrisco a dizer que ser feliz não é, necessariamente, estar sempre alegre. O sofrimento e a angústia também fazem parte da vida e da própria felicidade. Se tudo na vida fosse só alegria, as pessoas não dariam real valor à felicidade…

Quantas vezes para sorrirmos é tão importante termos chorado antes? Chorar para saber como é bom sorrir… Quando falamos em saudade, então as coisas se tornam ainda mais complexas. Principalmente nesse momento de pandemia, onde estamos restritos, isolados, nos obrigando a saber o quanto gostamos de alguém…

Nessas condições muitas vezes até temos tudo, mas perdemos a sensação de valor e pode parecer que não temos nada.

Nossa vida é um constante movimento e, por isso, vamos viver o momento, não deixando o passado de lado e projetando nosso futuro.

Infelizmente não poderemos escapar dos momentos difíceis que fazem parte da nossa vida e que não conseguiremos evitar, porém são momentos necessários para aprendermos, para que possamos escapar de coisas similares no futuro.

Usando o ponto de vista do filósofo Karl Jaspers percebemos que ele ressalta: “Os problemas e conflitos podem ser a fonte de uma derrota, uma limitação para a nossa potencialidade, mas também podem dar lugar a uma maior compreensão da vida e o nascimento de uma unidade que se fortalece com o tempo.”

Assim, com essas visões a estes pontos de vista, podemos concluir que a felicidade não pode ser compreendida como uma coisa ditada, por uma essência pré-definida existente no homem, ou como um sentimento.

Assim podemos nos fortalecer e até sugerir entender a felicidade como o nosso dia-a-dia, como a nossa própria vida sendo vivida de maneira intensa e com responsabilidade nas próprias escolhas que fazemos, seja nas alegrias ou nos sofrimentos, buscando sempre um aprendizado.

Quando vamos para o Universo Corporativo percebemos que também se aplicam as observações e comentários, pois não somos divisíveis e nosso interior nos acompanha. Nesse caso as escolhas muitas vezes são muito difíceis, mas fazem parte da nossa jornada, aprendendo todo dia, sendo forte o bastante para entender quão complexo é ser feliz e que nem sempre só coisas boas são necessárias para o caminho rumo à felicidade.

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Edmundo é Conselheiro certificado pelo IBGC e vem se dedicando ao desenvolvimento de Novos Negócios. Também atua como Diretor Institucional da EqualWeb Brasil, uma plataforma Israelense para Acessibilidade Digital à pessoas com problemas visuais e de mobilidade.

*Texto baseado nas reflexões de Mary Alvarenga  http://www.filosofia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1292

>>> Artigos sobre o tema Felicidade: A felicidade em ser você

Photo by Jacqueline Munguia ✨

Diversidade e Inclusão: Uma Jornada de Respeito

Diversidade e Inclusão é respeitar o ser humano

Qual o seu propósito? Essa vem sendo a pergunta que mais ouço as pessoas fazerem a si mesmas e aos outros ao longo dos anos.

É interessante como precisamos muitas vezes de uma frase de impacto para embrulhar e dar laço ao que já faz parte de nossa essência.

Minha História

Desde pequena gostei de gente. Sou parte de uma família numerosa e sempre vivi cercada de mãe, irmão, avós emprestados, tios, primos, amigos, amigos dos meus primos, vizinhos, primos dos meus primos que também se tornaram meus, enfim, gente, muita gente.

Quando fiz minha escolha de carreira, lá ainda com 17 anos de idade, escolhi ser Administradora. Meu primeiro estágio foi certeiro: Entrei para a área de Recursos Humanos de uma empresa dos sonhos dos jovens no Rio de Janeiro. Até hoje já são mais de 25 anos trabalhando para propor melhores soluções e práticas de gestão de pessoas nas organizações, tanto no Brasil como na América Latina.

Ao me deparar recentemente com uma importante inflexão de carreira, percebi que nos últimos 15 anos eu trabalhava com algo que me fazia brilhar os olhos: A Inclusão de gente diversa.

Meu Propósito!

No início eu achava que era apenas por gosto, mas depois percebi que era algo que me fazia acordar animada todos os dias: Ajudar que pessoas e organizações se conectassem para exercerem seu máximo potencial. Nossa, eu tinha um propósito!

Mas o que isso significava de fato?

Ao me aproximar dessa pergunta, percebi que um tema que mais afastava as pessoas de se conectarem umas às outras tinha a ver com uma palavrinha simples, fácil de soletrar de nosso vocabulário, mas que exerce enorme impacto sobre as relações.

Seu nome é RESPEITO.

Nessa jornada, fui percebendo que quanto mais as pessoas se sentiam respeitadas e, portanto, valorizadas e reconhecidas, mais elas se sentiam saudáveis, conectadas e felizes.

Quando o contrário acontecia, quando o ambiente se fazia hostil e de desconfiança, os índices de engajamento despencavam, sem falar em doenças ocupacionais, burnout, dentre outras enfermidades que passeiam livremente e de forma indiscriminada pelos corredores reais (e virtuais) do mundo corporativo da atualidade.

Diversidade e Inclusão é Estratégia de Negócio

Daí não foi difícil chegar à conclusão de que empresas mais felizes e rentáveis, são aquelas que mais valorizam e respeitam as pessoas por serem exatamente quem são. Esse é inclusive um dado da McKinsey de 2020, em sua pesquisa anual, que dá conta de que empresas que valorizam e vivem a diversidade, tem colaboradores mais comprometidos e felizes trazendo resultados financeiros positivos. Lembrando que a consultoria mencionada não é de Diversidade e sim de Estratégia.

Sim, trabalhar a inclusão da diversidade nas organizações é estratégico e traz resultados positivos para toda a cadeia de valor.

E o que isso tem a ver com saúde? Tudo!

Não é possível exercer seu máximo potencial sem que seja colocado à disposição seu melhor talento. E apenas o fazemos quando nos sentimos plenos e confortáveis para sermos quem somos no ambiente de trabalho, acarretando em saúde física, psíquica e emocional.

Organizações saudáveis são aquelas, portanto, que possuem um ambiente inclusivo, que valorizam a diversidade, que respeitam seus funcionários, clientes e parceiros e que entregam aos acionistas muito mais do que resultados de curto prazo; entregam saúde e longevidade de seus negócios, pois conseguem imprimir no seu dia a dia a qualidade das relações que conectam, pavimentando a estrada do respeito e da empatia e construindo uma verdadeira jornada de respeito à individualidade, à integridade e ao talento de cada SER HUMANO.

Simone Soares Bianche, Fundadora da SSB Diversidade | Consultora ONU Mulheres Consultora em Estratégia da diversidade e Ambiente Inclusivo, Simone auxilia empresas na implementação de ações para a ampliação de conscientização através de criação de pontes para o desenvolvimento de pessoas e organizações.

Leia mais sobre Propósito no inspirador texto de Nélio Bilate: https://www.friendsbee.com/beeblog/proposito-de-vida/

Photo by ATC COM ✨

Propósito de Vida, o amor como condutor

“… estou procurando, procurando.

Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi.

Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda.”

Esse pequeno poema de Clarisse Lispector mostra bem o sentido do Propósito. O ponto para o despertar está exatamente aí. Ou seja, o desejo de não ficar mais com o que aprendemos, com os nossos talentos, valores e habilidades. Precisamos entregar para o mundo. Não se trata mais de nós mesmos. Se trata do que vamos deixar para o mundo.

Quando comecei a entender e a estudar mais sobre Propósito (e gosto sempre de colocar o “P” em letra maiúscula), percebi muita coisa que já estava ecoando dentro de mim, mas que eu não sabia nomear.

Meu objetivo nesse texto é o de elucidar um pouco como podemos entender, nos alinhar e viver o nosso Propósito.

Em primeiro lugar o Propósito de vida não está conectado ao EGO. Isso quer dizer que não tem a ver com as nossas recompensas ou com reconhecimento. Tem a ver com o impacto do que fazemos na vida do outro, do entorno, da humanidade.

Do Autoconhecimento ao Flow

O ponto de partida se dá quando, VERDADEIRAMENTE, mergulhamos no AUTOCONHECIMENTO e decidimos olhar para a gente primeiro para depois olhar para o mundo lá fora. Não tem como descobrir a necessidade do mundo se as nossas necessidades não estiverem preenchidas. E tudo começa pelo DOMÍNIO PESSOAL, onde precisamos trabalhar nossos medos e nossas crenças limitantes. Depois disso, ou ao mesmo tempo, partimos para a INDIVIDUAÇÃO. A palavra é meio esquisita, mas é isso mesmo. E o que quer dizer? Quer dizer que nessa hora precisamos saber da nossa verdadeira identidade. Assumir quem somos de verdade com autenticidade e autoexpressão, pensando e agindo de forma abundante.

Costumo dizer nas minhas palestras sobre Propósito que ele – o tal Propósito – é irmão da expansão, da abertura e da liberdade. E quando assumimos a nossa identidade e entendemos nossa verdadeira expressão e forma de vida, estamos prontos para a terceira etapa que é a AUTOREALIZAÇÃO, que é a nossa conexão com os nossos valores e com a nossa essência, encontrando a satisfação e o famoso “flow”, que irei explicar um pouco mais para frente.

Trabalhado essas três etapas, o próximo passo é SENTIR a necessidade do mundo. Aquilo que enxergamos, sentimos e sabemos que precisamos fazer algo para resolver, para ajudar com impacto positivo. É como se fosse um “chamado”. Algo que a gente vê e tem a sensação inexplicável de que pode resolver. Para isso é muito importante ter absoluta consciência dos nossos TALENTOS, VALORES E PAIXÕES. E sempre que me perguntam o porquê dos valores, respondo que sem eles, podemos nos perder. Os valores de vida são a nossa “bússola moral”. Aquilo que nos ancora e nos fortalece como indivíduos.

Valores como: ética, integridade, amor, saúde, alegria, colaboração, confiança, coragem, comprometimento, respeito, honestidade e tantos outros. Caso você queira saber um pouco mais sobre os valores que te regem, sugiro entrar no site www.valuescentre.com e fazer o seu assessment de valores que está intitulado como PVA (Personal Values Assessment). Vale a pena.

Os valores são super importantes para a condução de sustentação do nosso Propósito pois eles nos ajudam no “COMO” podemos viabilizar os nossos talentos e aptidões.

Amor como condutor

Normalmente o Propósito está ligado a um verbo PODEROSO de ação, como transformar, melhorar, cuidar, desenvolver, integrar, conectar, viabilizar etc. É preciso SENTIR que verbo tem a ver com o nosso coração e com o nosso querer. Mas é preciso registrar aqui que nenhum verbo terá sentido, nenhum Propósito será efetivamente possível de ser vivido, se não tivermos AMOR. O amor é grande condutor de toda essa jornada. Sem amor não faz sentido, não tem significado e, acima de tudo, não tem entrega altruísta.

Propósito nas empresas

O Propósito pode existir para pessoas e organizações. Normalmente ele serve como um “convite” para uma AÇÃO. Sim, o Propósito precisa de ação! Não adianta ele ficar no desejo, no sonho, na vontade ou nas palavras. Ele precisa ser exercido em toda sua plenitude. E o melhor é quando ele se torna o centro na nossa melhor entrega e atividade. Relaciono aqui exemplos de Propósito de algumas empresas que considero válidos para o que elas fazem e entregam para a sociedade:

GOOGLE: Organizar a informação do mundo.

TESLA: Acelerar a transição para o transporte sustentável.

DISNEY: Alegrar a vida das pessoas.

FACEBOOK: Dar às pessoas o poder de compartilhar.

JOHNSON&JOHNSON: Cuidar do mundo, uma pessoa de cada vez.

Notem que são Propósitos declarados com frases curtas. Isso é muito importante, pois se não for direto a partir do verbo e com o IMPACTO CLARO para o outro, o Propósito pode ser confundido com missão.  

Quem consegue fazer do seu trabalho um MEIO para o seu Propósito, sem dúvida nenhuma se torna uma pessoa mais FELIZ. Mais do que isso, ou junto a isso, consegue entrar no seu estado de “FLOW”. E o que significa o tal “flow”? Gosto de explicar o “flow” através da frase da maravilhosa cantora Nina Simone, após seu épico concerto no Festival de Montreux em 1976.

“No começo, eu comigo. Eu com os demônios. A Plateia emudece. Esqueço de mim. Há uma conexão. Eu e a plateia. Uma coisa só. Só o absoluto. Não existe mais eu. Não existe mais plateia. Só vibração. Só o invisível. Foi mágico. O mais perto que cheguei de Deus.”

Propósito e Legado

O “flow” é a conexão máxima com o Propósito, com a entrega, com a sensação clara do impacto gerado. Ele exige muita concentração e foco, além de muito domínio do que está sendo feito. Isso quer dizer que o “flow” está muito mais conectado com o sentir do que com o mental. E é aí que ele combina com o Propósito. Você não consegue explicar. Simplesmente sente.

Uma vida com Propósito é uma vida mais plena, mais simples, mais leve. Como eu disse antes, Propósito é expansão e liberdade. Para isso, o importante é começar pelo básico. Esse básico depende de cada pessoa, é claro, mas precisamos olhar para isso como fonte de energia positiva e motivação. Um básico que começa por se divertir mais na vida, se alegrar com as coisas mais simples, julgar menos e entender mais. Vibrar mais com a natureza, a arte, a música. Dançar ajuda no caminho para o Propósito.

Interagir com as pessoas sem medo e sem tantas barreiras. Ter e viver a empatia e a compaixão. Cuidar mais de si, desenvolvendo e fortalecendo o equilíbrio físico, emocional, mental e espiritual. Apreciar muito a beleza da vida e sorrir mais, muito mais. Escolher melhor as coisas, pessoas, lugares, tarefas e principalmente o que vemos, ouvimos e lemos. Propósito tem a ver com o nosso desejo genuíno de VIVER simplesmente porque precisamos deixar uma marca, contar uma boa história e ter paz no coração, por ter vivido e feito algo de bom para alguém.

Nélio fundou a NBHeart em 2008, onde busca ajudar as organizações em seus processos de cultura e transformação. 

Nossos agradecimentos à Moni Mackein pela imagem

Onde nasce a sua Saúde Mental? #janeirobranco

Alguma vez você já pensou sobre esta questão? Vamos fortalecer a campanha #janeirobranco refletindo sobre Saúde Mental pela perspectiva da paz.

Há várias literaturas sobre o saúde mental, e na grande maioria nos alertam sobre como outras pessoas nos impactam. Empresas investem parte do curto orçamento no desenvolvimento de líderes, em ações de bem-estar, em assistência médica. Enquanto que, a única forma de se conquistar Saúde Mental é de dentro pra fora e não de fora pra dentro.

É a forma pela qual me relaciono com o mundo que este reage às minhas ações.

A vida nos dá lições todos os dias e, quando não estamos distraídos, temos chance de aprender.  Assim, trago uma lição da prática de tênis. Exercício de bater bola no paredão, para controle de força e direção.  A primeira coisa que o técnico me fala “a bolinha volta com a força que você bateu”. Quando batia muito forte, a bolinha me agredia e quando batia muito fraco, voltava sem energia. Esta aula foi há uns bons anos, mas o aprendizado muito depois, quando eu percebi que era uma lição para a vida.

Um Olhar Antropológico

Mas o que é antropologia?

O termo antropologia deriva das palavras gregas “anthropos” (ser humano) e “logos” (ciência, estudo, conhecimento) e significa o estudo do ser humano. O objetivo da Antropologia é buscar um entendimento amplo, comparativo e crítico dos seres humanos, seus conhecimentos e formas de ser. Tem seu foco de interesse voltado para o conhecimento do comportamento cultural humano, adquirido por aprendizado social.

A verdade é que, desde Caim e Abel, sabe-se que a raça humana tende a resolver seus conflitos pelo uso da força, eliminando, se possível, sua fonte de raiva e frustração por não conseguir o objeto de desejo. 

Passados milênios do homo sapiens, o comportamento primitivo se mantém. Duvida? Dados do PNUD indicam o século XX como o de maior número de assassinatos da História. Como base comparativa, o século XVI matou 0,32% da população mundial, o século XVIII 0,92% e o século XX 4,35% (!). Apenas a guerra civil da República Democrática do Congo dizimou 7% da população local (!!).

O modelo mental do Homem, como raça, é pela opção da violência como resolução de conflitos. Violência, como se sabe, é campo de devastação, onde ou gera mais violência – “na terra do olho por olho todos ficam cegos” ou da subserviência, onde não há solo fértil para a criatividade ou expressão da liberdade. Em ambos os resultados, neste modelo mental de baixo desenvolvimento emocional, não há Saúde Mental.

Dor emocional pode produzir violência

O fato é que quem causa dor, está em dor.

Trazendo este modelo mental para nossa vida cotidiana, trago apenas dois exemplos e o/a convido a pensar em outros.

Quando no trânsito alguém faz uma “barbeiragem” e o outro buzina estridentemente ou xinga ou provoca o ser que errou, é exemplo de violência. Mas por que reagir assim? Pelo princípio de que o outro quis dar uma de “esperto”, me irritou, tirou uma fração de segundo da minha agenda. Não importa. É o modelo mental da violência.

Outro exemplo? Feminicídio. Homens que matam seu objeto de desejo pela sua raiva interior, culpando a mulher pela dor que é dele.

Acredito que todos os casos de violência, desde uma simples discussão à agressão física, são oriundos de uma dor interna, que se tenta sanar atingindo a pessoa que se entende ser a razão da sua dor. O Causa a dor (causador).

Então, Onde Nasce a sua Saúde Mental?

Na paz. 

Como pregou o mestre da paz, Gandhi “o mundo terá paz quando esta residir em cada ser”.

E como ter paz?  Pelo autoconhecimento e autodesenvolvimento. A jornada da vida é sobre ser quem se é na plenitude. Por isso é jornada. Citando o filósofo Cortella, “Não nascemos prontos”.  Nos desviamos deste caminho perseguindo uma vida perfeita, o padrão de sucesso propagado pela mídia, nos comparando com outra pessoa. Modificamos nossa essência para nos comportarmos com o padrão social imposto. Deixamos o Ser pelo Parecer. Não há saúde mental neste comportamento. Para se ter saúde mental é preciso ter saúde emocional.

No entendimento de nossas emoções e sentimentos está a chave para o estado de paz, que leva ao conceito de Felicidade

Um exercício que recomendo e que aplico, é o de se auto perceber. Logo que me dou conta que algo não está em harmonia dentro de mim, paro e analiso o que estou sentindo. Nomino o sentimento. Ah, estou irritada – porquê? Se eu colocar a culpa em alguém eu sei que não é a resposta, porque o sentimento é pessoal. Ninguém diz como você deve se sentir. Pessoas reagem diferentemente ao mesmo estímulo dependendo das suas crenças e valores e de seu estágio de desenvolvimento.

“Quem está bem, faz o bem”

A friendsBee foi criada com o propósito de “construir um mundo mais feliz” e atua como uma facilitadora do autoconhecimento, dando espaço seguro, anônimo e confidencial para que você possa compartilhar aquele incômodo sem ressalvas, ou seja, sem receio do julgamento social e sem o risco de receber um rótulo.  Ao expor sua angústia você tem 3 ganhos imediatos:

  • aliviar a pressão emocional que sente dentro de você,
  • clarear seu pensamento racionalmente, pela fala e
  • receber apoio de outras pessoas que compartilham contigo as próprias experiências no tema que te aflige.

Compartilhar experiências é uma forma de evolução no autoconhecimento. Ao parar para expor à outra pessoa o que você viveu, sentiu e aprendeu, reanalisa-se a situação com a bagagem de todo conhecimento atual. É um sentimento de auto-orgulho, que potencializa a confiança em si. E mais! O reconhecimento conferido por outra pessoa por tê-la ajudado, libera oxitocina, um dos quatro hormônios do prazer.

O entendimento das próprias emoções vai fortalecendo a sua jornada na vida, onde o estado de harmonia, de bem-estar, vai aumentando em proporção aos seus momentos de dor emocional.

“Quem está bem, faz o bem”, é o que prega a friendsBee. E é assim, pelo bem-estar individual que construímos um mundo mais feliz.

Andréa é sócia fundadora da friendsBee. Em sua jornada de vida fez uma inflexão na carreira com o propósito de expandir a atuação, influenciando a mudança que ela quer ver no mundo corporativo. Assim, atua também como Conselheira e Consultora.

Referências citadas pela autora:

https://www.infoescola.com/ciencias/antropologia/

https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/idh/relatorios-de-desenvolvimento-humano/relatorio-do-desenvolvimento-humano-20005.html

Mario Sergio Cortella – Site Oficial (mscortella.com.br)

https://www.instagram.com/p/CHYIQu5JJfN/?utm_source=ig_web_copy_link

https://www.janeirobranco.com.br