O papel do Coaching no desenvolvimento emocional

O papel do Coaching no desenvolvimento emocional

Como seres humanos que somos, as emoções fazem parte do nosso dia a dia porque elas são respostas biológicas que acontecem em nosso corpo e depois vão para o cérebro, onde pensamentos, sentimentos e comportamentos frente a diferentes situações são criados.

Ter consciência do que acontece dentro de nós faz parte do nosso processo de autoconhecimento e isso nos dá a oportunidade de entender e de encontrar estratégias que sejam efetivas para lidarmos com tudo isso.

Alimentos para uma vida harmoniosa

Eu acredito que, além de estarmos atentos às emoções, precisamos cuidar e colocar a nossa “engrenagem da vida” em movimento, ou seja, se todos os dias a gente puder alimentar a nossa mente, o nosso emocional, o nosso físico e o nosso espiritual, certamente colheremos uma ótima sensação de prazer e de bem-estar, porque quando tivermos o domínio dessas quatro áreas, elas trabalharão juntas para nos ajudar a administrar e viver a vida de uma maneira mais harmoniosa e equilibrada.

Talvez você se pergunte: como alimentar cada uma dessas áreas. E a resposta é bem simples.

Para a mente, procure todos os dias aprender algo novo, leia, estude, tenha pensamentos positivos.

para o emocional, faça atividades que te deem prazer, esteja com familiares e amigos, ouça música, cozinhe algo que goste, pinte, dance.

Para o físico, cuide das suas horas de sono, faça atividade física, alimente-se de maneira saudável.

Por fim, para o espiritual, pratique yoga, medite, faça suas orações, contemple a natureza, porque certamente você colherá uma ótima sensação de equilíbrio que te manterá produtivo e saudável para enfrentar os desafios e usufruir das boas coisas da vida.

Coaching no desenvolvimento emocional

Porém, é fato que às vezes, mesmo fazendo tudo isso, a gente percebe que tem uma meta a ser conquistada e que sozinhos talvez demoremos muito tempo para chegar aonde queremos, ou talvez não consigamos evoluir e avançar como pretendíamos. Como resultado, percebemos que precisamos do suporte de um profissional experiente para nos apoiar e nos guiar em um processo de descobertas e de realização.

O Coaching é uma das metodologias que pode apoiar você a sair do “Ponto A” e chegar no “Ponto B”, porque ele é um processo estruturado, com ferramentas cientificamente validadas que ajudam as pessoas em seus processos de descobertas dos seus potenciais, das suas habilidades e das suas atitudes que precisam ser lapidadas ou adquiridas, ampliando a autoconsciência, a reflexão nos seus pontos fortes, e ajuda a desenvolver seus comportamentos, potencialidades, possibilidades e recursos necessários para se construir o futuro que se deseja.

Em um processo como esse, a pessoa passa a ter clareza de como percorrer essa jornada e, com isso, passa a adquirir força e coragem para enfrentar e superar os desafios internos que muitas vezes a impede de seguir em frente.

O Coach

É importante saber que o processo de Coaching deve ser conduzido por um profissional especializado, com formação e certificação específica. Ele deve ser uma pessoa comprometida com o seu desenvolvimento pessoal e profissional e por isso dever estar sempre estudando e se atualizando para oferecer o melhor suporte para o seu cliente. Esse profissional é chamado de Coach.

Existem outros tipos de processos que contribuem com o autoconhecimento e desenvolvimento humano, como a Terapia, a Mentoria e o Treinamento, porém, cada um tem uma metodologia própria que também exige um grau de conhecimento e especialização diferenciado.

Vamos entender as diferenças:

No processo de Coaching utilizamos perguntas e diferentes técnicas para ajudar a provocar reflexões no cliente com base em seus conhecimentos e suas experiências, sempre com foco no futuro desejado. A relação entre o profissional e o cliente é de parceria, na qual o cliente é especialista na sua vida e o Coach é especialista na metodologia/processo.

Na Mentoria, apesar de também possuir foco no futuro desejado, ela tem por princípio ajudar o cliente a solucionar um problema, um tema ou uma questão com base no conhecimento e experiência do Mentor, e a relação é de ascendência, já que o Mentor é o especialista naquela situação, tema ou problema trazido pelo cliente.

Já a Terapia tem o objetivo de descobrir as causas de problemas, que frequentemente estão relacionados ao passado e que estão impedindo o cliente de seguir adiante. Normalmente o terapeuta é procurado quando o cliente está em uma fase em que precisa resolver uma dor ou uma perda.

E o Treinamento tem o objetivo de ensinar algo, logo os temas são pré-estabelecidos e há uma agenda própria com foco no conteúdo a ser transmitido, diferente de um processo de Coaching, no qual o foco está na pessoa do cliente e os temas são flexíveis e tem o objetivo de atingir a meta desejada.

Será que Coaching é pra você?

Sendo assim, se você tem uma meta a ser alcançada, como por exemplo, ter uma comunicação mais clara e assertiva em um prazo determinado e está disposto a assumir o controle dessa mudança, estando aberto a abrir mão dos comportamentos que te impedem ou limitam o seu sucesso em atingir esse objetivo, e ainda, se você está pronto para testar novos conceitos e viver novas experiências, você sim, está pronto para iniciar uma jornada de Coaching.

Por fim, tenha sempre claro para você que, quando cuidamos do nosso autoconhecimento, das nossas emoções, colocamos a nossa engrenagem da vida em movimento e contamos com o apoio de pessoas e profissionais especializados, percebemos que somos um ser único e completo e que todas as áreas da nossa vida estão interligadas e são muito importantes.

Assim, também podemos perceber que somos seres sociais, que não fazemos nada sozinhos, e que o apoio, bem como o suporte de outras pessoas em nossa vida, faz com que ela ganhe um significado maior e um sentido muito especial.

Pense nisso!

Desejo um grande sucesso na sua jornada da vida!

Grande abraço, Marcia Sales Longaretti

********************************************************************

Marcia é profissional de desenvolvimento humano com mais de 28 anos de experiência, tendo atuado nos mercados farmacêutico, de tecnologia da informação, metalúrgico e consultoria. Atuou como executiva de RH, Vendas e Marketing, e nos últimos 8 anos vem desenvolvendo projetos nas áreas de Coaching, Assessment, Mentoria e Desenvolvimento de liderança. É psicóloga de formação, com MBA em Administração Estratégica pela FIA/USP, com curso em liderança com foco em Inteligência Emocional pela Case Western Reserve, pós-graduanda em Liderança e Gestão Estratégica de Pessoas pela FIA/USP, com cursos e especialização em processos de Coaching pela Erickson Coaching International (Vancouver/Canadá) e NLI – Neuroleadership Institute Brasil.

Fale com a Marcia: (11) 98088-0008 | Conheça a Wisdomway: www.wisdomway.com.br

>>> Gostou da abordagem e quer ler mais sobre Vida em Harmonia? Sugerimos o artigo https://www.friendsbee.com/beeblog/qualidade-de-vida-ou-vida-qualificada/

Imagem de Gordon Johnson ✨

O que eu vim fazer aqui? A pergunta que sempre me faço

Dia Internacional da Mulher

Já me fiz essa pergunta muitas vezes ao longo da minha trajetória profissional, principalmente quando me deparei com ambientes de trabalho muito masculinizados e machistas. Acredito que muitas mulheres também fazem essa pergunta para si mesmas no seu dia a dia.

Jornada do autoconhecimento

A resposta veio junto com a minha jornada de autoconhecimento: Eu vim ser eu mesma.

A partir daí, decidi seguir em frente, ajudar na transformação do mundo corporativo e da nossa sociedade, e assim mudar as estatísticas que mostram que as mulheres representam menos de 14% do quadro executivo das 500 maiores empresas do Brasil.

Na escalada corporativa, alcancei posições mais próximas das decisões. Nessa jornada, vi a necessidade de diversidade ganhando cada vez mais importância na minha carreira e nas organizações. A multiplicidade de olhares e a capacidade de diálogo incrementavam tanto a inovação de produtos e serviços e, sobretudo, a experiência de funcionários, clientes, fornecedores, consumidores e todos os outros públicos que as empresas interagem, incluindo a sociedade em geral.

Assim, ao longo da minha carreira, também aprendi que paralisar o jogo por medo de arriscar e de enfrentar situações desafiadoras é desperdiçar o futuro e deixar de construir um legado significativo. Nesse sentido, ao enfrentar os problemas e dilemas, os horizontes se abrem e o seu propósito amadurece.

Nós no mundo

Fui conversar com a psicóloga Marta Lenci que afirmou que, mesmo com as mudanças do mundo, as inquietações humanas são as mesmas desde sempre. Por outro lado, nesse mundo atual, tudo nos distrai de nós e quase não temos tempo para responder a perguntas fundamentais :

  • Quem sou eu?
  • De onde eu vim?
  • Para onde eu vou?
  • O que devo fazer?
  • Qual é o propósito da minha vida?
  • Que tipo de pessoa eu quero ser?
  • O que eu estou fazendo para ser quem eu quero ser?

Concordo com a Marta que é a partir do autoconhecimento que podemos nos libertar da ilusão, dos equívocos, dos condicionamentos da mente, do excesso dos desejos e aversões, das identificações, das projeções, dos medos, dos autojulgamentos, das autossabotagens. E que vale o esforço para responder a essas perguntas.

Acredito que o autoconhecimento é a força motriz da ação, realização e o usamos para fazer escolhas mais conscientes – não só sobre o que se faz, mas como se faz e porque se faz. Em outras palavras, ao ter certeza de quem somos e das nossas motivações, ganhamos maturidade emocional para sobreviver às incertezas da vida.

O mundo é um lugar dinâmico, um campo de experiências, de aprendizagem, de desenvolvimento, de testagem, de investigação, de obstáculos e de facilidades para aprendermos, nos desenvolvermos e encontrarmos o nosso propósito, respondendo, talvez, quem sabe, àquelas perguntas inevitáveis. É assim para todos nós, Humanos -homens e mulheres.

É por isso que as organizações estão, cada vez mais, investindo em desenvolvimento pessoal, entendendo que pessoas mais conscientes dos seus propósitos e características têm também mais confiança no seu potencial, mais vontade de ir além, mais facilidade de fazer escolhas e de definir prioridades.

A empresa ganha quando o funcionário ganha.

O desenvolvimento pessoal também se refere a habilidades aprendidas para lidar com a vida; valores éticos; determinação, coragem, confiança; capacidade de observação, bem como bom senso e agilidade para se relacionar com dificuldades e obstáculos; conhecimento do próprio corpo, mente e emoções; empatia; compreensão de seus limites; visão da realidade como ela é; construção de uma rede de apoio; capacidade de realização e de execução.

Aprendizados e Legado

Este aprendizado se intensificou para mim nos últimos anos, quando comecei a me questionar do porquê não havia tantas mulheres em cargos de maior responsabilidade nas organizações. Resolvi então entender melhor esta questão, liderei a formação de uma rede de mulheres e resolvi escrever o livro Mulher Alfa – liderança que inspira.

Nesse sentido, trago no livro histórias de mulheres comuns, que têm coragem, autenticidade, resiliência, força e empatia! Que sonham e realizam seus sonhos – e assim seguem inspirando os que estão à sua volta com seus propósitos de vida.  

Dessa forma, meu desejo é que mais mulheres sirvam de exemplo para futuras gerações, que exigem e precisam de diversidade para transformar o mundo em um lugar melhor para todos.

**************************************************************

>>> Cristiana acumula mais de 25 anos de experiência em empresas nacionais e internacionais com foco em Relações Públicas, Marketing, Sustentabilidade e Inovação. Em 2018 publicou o livro “Mulher Alfa, liderança que inspira”, com intuito de promover diversidade e inclusão. www.mulheralfa.co

Instagram da psicóloga Marta Lenci – @martalencipsi

>>> Se interessa por autoconhecimento? Recomendamos este artigo incrível da Aline Craveiro Nossa História – perspectiva de passado, presente e futuro

Imagem de Alexandra Haynak ✨

Propósito de Vida, o amor como condutor

“… estou procurando, procurando.

Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi.

Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda.”

Esse pequeno poema de Clarisse Lispector mostra bem o sentido do Propósito. O ponto para o despertar está exatamente aí. Ou seja, o desejo de não ficar mais com o que aprendemos, com os nossos talentos, valores e habilidades. Precisamos entregar para o mundo. Não se trata mais de nós mesmos. Se trata do que vamos deixar para o mundo.

Quando comecei a entender e a estudar mais sobre Propósito (e gosto sempre de colocar o “P” em letra maiúscula), percebi muita coisa que já estava ecoando dentro de mim, mas que eu não sabia nomear.

Meu objetivo nesse texto é o de elucidar um pouco como podemos entender, nos alinhar e viver o nosso Propósito.

Em primeiro lugar o Propósito de vida não está conectado ao EGO. Isso quer dizer que não tem a ver com as nossas recompensas ou com reconhecimento. Tem a ver com o impacto do que fazemos na vida do outro, do entorno, da humanidade.

Do Autoconhecimento ao Flow

O ponto de partida se dá quando, VERDADEIRAMENTE, mergulhamos no AUTOCONHECIMENTO e decidimos olhar para a gente primeiro para depois olhar para o mundo lá fora. Não tem como descobrir a necessidade do mundo se as nossas necessidades não estiverem preenchidas. E tudo começa pelo DOMÍNIO PESSOAL, onde precisamos trabalhar nossos medos e nossas crenças limitantes. Depois disso, ou ao mesmo tempo, partimos para a INDIVIDUAÇÃO. A palavra é meio esquisita, mas é isso mesmo. E o que quer dizer? Quer dizer que nessa hora precisamos saber da nossa verdadeira identidade. Assumir quem somos de verdade com autenticidade e autoexpressão, pensando e agindo de forma abundante.

Costumo dizer nas minhas palestras sobre Propósito que ele – o tal Propósito – é irmão da expansão, da abertura e da liberdade. E quando assumimos a nossa identidade e entendemos nossa verdadeira expressão e forma de vida, estamos prontos para a terceira etapa que é a AUTOREALIZAÇÃO, que é a nossa conexão com os nossos valores e com a nossa essência, encontrando a satisfação e o famoso “flow”, que irei explicar um pouco mais para frente.

Trabalhado essas três etapas, o próximo passo é SENTIR a necessidade do mundo. Aquilo que enxergamos, sentimos e sabemos que precisamos fazer algo para resolver, para ajudar com impacto positivo. É como se fosse um “chamado”. Algo que a gente vê e tem a sensação inexplicável de que pode resolver. Para isso é muito importante ter absoluta consciência dos nossos TALENTOS, VALORES E PAIXÕES. E sempre que me perguntam o porquê dos valores, respondo que sem eles, podemos nos perder. Os valores de vida são a nossa “bússola moral”. Aquilo que nos ancora e nos fortalece como indivíduos.

Valores como: ética, integridade, amor, saúde, alegria, colaboração, confiança, coragem, comprometimento, respeito, honestidade e tantos outros. Caso você queira saber um pouco mais sobre os valores que te regem, sugiro entrar no site www.valuescentre.com e fazer o seu assessment de valores que está intitulado como PVA (Personal Values Assessment). Vale a pena.

Os valores são super importantes para a condução de sustentação do nosso Propósito pois eles nos ajudam no “COMO” podemos viabilizar os nossos talentos e aptidões.

Amor como condutor

Normalmente o Propósito está ligado a um verbo PODEROSO de ação, como transformar, melhorar, cuidar, desenvolver, integrar, conectar, viabilizar etc. É preciso SENTIR que verbo tem a ver com o nosso coração e com o nosso querer. Mas é preciso registrar aqui que nenhum verbo terá sentido, nenhum Propósito será efetivamente possível de ser vivido, se não tivermos AMOR. O amor é grande condutor de toda essa jornada. Sem amor não faz sentido, não tem significado e, acima de tudo, não tem entrega altruísta.

Propósito nas empresas

O Propósito pode existir para pessoas e organizações. Normalmente ele serve como um “convite” para uma AÇÃO. Sim, o Propósito precisa de ação! Não adianta ele ficar no desejo, no sonho, na vontade ou nas palavras. Ele precisa ser exercido em toda sua plenitude. E o melhor é quando ele se torna o centro na nossa melhor entrega e atividade. Relaciono aqui exemplos de Propósito de algumas empresas que considero válidos para o que elas fazem e entregam para a sociedade:

GOOGLE: Organizar a informação do mundo.

TESLA: Acelerar a transição para o transporte sustentável.

DISNEY: Alegrar a vida das pessoas.

FACEBOOK: Dar às pessoas o poder de compartilhar.

JOHNSON&JOHNSON: Cuidar do mundo, uma pessoa de cada vez.

Notem que são Propósitos declarados com frases curtas. Isso é muito importante, pois se não for direto a partir do verbo e com o IMPACTO CLARO para o outro, o Propósito pode ser confundido com missão.  

Quem consegue fazer do seu trabalho um MEIO para o seu Propósito, sem dúvida nenhuma se torna uma pessoa mais FELIZ. Mais do que isso, ou junto a isso, consegue entrar no seu estado de “FLOW”. E o que significa o tal “flow”? Gosto de explicar o “flow” através da frase da maravilhosa cantora Nina Simone, após seu épico concerto no Festival de Montreux em 1976.

“No começo, eu comigo. Eu com os demônios. A Plateia emudece. Esqueço de mim. Há uma conexão. Eu e a plateia. Uma coisa só. Só o absoluto. Não existe mais eu. Não existe mais plateia. Só vibração. Só o invisível. Foi mágico. O mais perto que cheguei de Deus.”

Propósito e Legado

O “flow” é a conexão máxima com o Propósito, com a entrega, com a sensação clara do impacto gerado. Ele exige muita concentração e foco, além de muito domínio do que está sendo feito. Isso quer dizer que o “flow” está muito mais conectado com o sentir do que com o mental. E é aí que ele combina com o Propósito. Você não consegue explicar. Simplesmente sente.

Uma vida com Propósito é uma vida mais plena, mais simples, mais leve. Como eu disse antes, Propósito é expansão e liberdade. Para isso, o importante é começar pelo básico. Esse básico depende de cada pessoa, é claro, mas precisamos olhar para isso como fonte de energia positiva e motivação. Um básico que começa por se divertir mais na vida, se alegrar com as coisas mais simples, julgar menos e entender mais. Vibrar mais com a natureza, a arte, a música. Dançar ajuda no caminho para o Propósito.

Interagir com as pessoas sem medo e sem tantas barreiras. Ter e viver a empatia e a compaixão. Cuidar mais de si, desenvolvendo e fortalecendo o equilíbrio físico, emocional, mental e espiritual. Apreciar muito a beleza da vida e sorrir mais, muito mais. Escolher melhor as coisas, pessoas, lugares, tarefas e principalmente o que vemos, ouvimos e lemos. Propósito tem a ver com o nosso desejo genuíno de VIVER simplesmente porque precisamos deixar uma marca, contar uma boa história e ter paz no coração, por ter vivido e feito algo de bom para alguém.

Nélio fundou a NBHeart em 2008, onde busca ajudar as organizações em seus processos de cultura e transformação. 

Nossos agradecimentos à Moni Mackein pela imagem

Onde nasce a sua Saúde Mental? #janeirobranco

Alguma vez você já pensou sobre esta questão? Vamos fortalecer a campanha #janeirobranco refletindo sobre Saúde Mental pela perspectiva da paz.

Há várias literaturas sobre o saúde mental, e na grande maioria nos alertam sobre como outras pessoas nos impactam. Empresas investem parte do curto orçamento no desenvolvimento de líderes, em ações de bem-estar, em assistência médica. Enquanto que, a única forma de se conquistar Saúde Mental é de dentro pra fora e não de fora pra dentro.

É a forma pela qual me relaciono com o mundo que este reage às minhas ações.

A vida nos dá lições todos os dias e, quando não estamos distraídos, temos chance de aprender.  Assim, trago uma lição da prática de tênis. Exercício de bater bola no paredão, para controle de força e direção.  A primeira coisa que o técnico me fala “a bolinha volta com a força que você bateu”. Quando batia muito forte, a bolinha me agredia e quando batia muito fraco, voltava sem energia. Esta aula foi há uns bons anos, mas o aprendizado muito depois, quando eu percebi que era uma lição para a vida.

Um Olhar Antropológico

Mas o que é antropologia?

O termo antropologia deriva das palavras gregas “anthropos” (ser humano) e “logos” (ciência, estudo, conhecimento) e significa o estudo do ser humano. O objetivo da Antropologia é buscar um entendimento amplo, comparativo e crítico dos seres humanos, seus conhecimentos e formas de ser. Tem seu foco de interesse voltado para o conhecimento do comportamento cultural humano, adquirido por aprendizado social.

A verdade é que, desde Caim e Abel, sabe-se que a raça humana tende a resolver seus conflitos pelo uso da força, eliminando, se possível, sua fonte de raiva e frustração por não conseguir o objeto de desejo. 

Passados milênios do homo sapiens, o comportamento primitivo se mantém. Duvida? Dados do PNUD indicam o século XX como o de maior número de assassinatos da História. Como base comparativa, o século XVI matou 0,32% da população mundial, o século XVIII 0,92% e o século XX 4,35% (!). Apenas a guerra civil da República Democrática do Congo dizimou 7% da população local (!!).

O modelo mental do Homem, como raça, é pela opção da violência como resolução de conflitos. Violência, como se sabe, é campo de devastação, onde ou gera mais violência – “na terra do olho por olho todos ficam cegos” ou da subserviência, onde não há solo fértil para a criatividade ou expressão da liberdade. Em ambos os resultados, neste modelo mental de baixo desenvolvimento emocional, não há Saúde Mental.

Dor emocional pode produzir violência

O fato é que quem causa dor, está em dor.

Trazendo este modelo mental para nossa vida cotidiana, trago apenas dois exemplos e o/a convido a pensar em outros.

Quando no trânsito alguém faz uma “barbeiragem” e o outro buzina estridentemente ou xinga ou provoca o ser que errou, é exemplo de violência. Mas por que reagir assim? Pelo princípio de que o outro quis dar uma de “esperto”, me irritou, tirou uma fração de segundo da minha agenda. Não importa. É o modelo mental da violência.

Outro exemplo? Feminicídio. Homens que matam seu objeto de desejo pela sua raiva interior, culpando a mulher pela dor que é dele.

Acredito que todos os casos de violência, desde uma simples discussão à agressão física, são oriundos de uma dor interna, que se tenta sanar atingindo a pessoa que se entende ser a razão da sua dor. O Causa a dor (causador).

Então, Onde Nasce a sua Saúde Mental?

Na paz. 

Como pregou o mestre da paz, Gandhi “o mundo terá paz quando esta residir em cada ser”.

E como ter paz?  Pelo autoconhecimento e autodesenvolvimento. A jornada da vida é sobre ser quem se é na plenitude. Por isso é jornada. Citando o filósofo Cortella, “Não nascemos prontos”.  Nos desviamos deste caminho perseguindo uma vida perfeita, o padrão de sucesso propagado pela mídia, nos comparando com outra pessoa. Modificamos nossa essência para nos comportarmos com o padrão social imposto. Deixamos o Ser pelo Parecer. Não há saúde mental neste comportamento. Para se ter saúde mental é preciso ter saúde emocional.

No entendimento de nossas emoções e sentimentos está a chave para o estado de paz, que leva ao conceito de Felicidade

Um exercício que recomendo e que aplico, é o de se auto perceber. Logo que me dou conta que algo não está em harmonia dentro de mim, paro e analiso o que estou sentindo. Nomino o sentimento. Ah, estou irritada – porquê? Se eu colocar a culpa em alguém eu sei que não é a resposta, porque o sentimento é pessoal. Ninguém diz como você deve se sentir. Pessoas reagem diferentemente ao mesmo estímulo dependendo das suas crenças e valores e de seu estágio de desenvolvimento.

“Quem está bem, faz o bem”

A friendsBee foi criada com o propósito de “construir um mundo mais feliz” e atua como uma facilitadora do autoconhecimento, dando espaço seguro, anônimo e confidencial para que você possa compartilhar aquele incômodo sem ressalvas, ou seja, sem receio do julgamento social e sem o risco de receber um rótulo.  Ao expor sua angústia você tem 3 ganhos imediatos:

  • aliviar a pressão emocional que sente dentro de você,
  • clarear seu pensamento racionalmente, pela fala e
  • receber apoio de outras pessoas que compartilham contigo as próprias experiências no tema que te aflige.

Compartilhar experiências é uma forma de evolução no autoconhecimento. Ao parar para expor à outra pessoa o que você viveu, sentiu e aprendeu, reanalisa-se a situação com a bagagem de todo conhecimento atual. É um sentimento de auto-orgulho, que potencializa a confiança em si. E mais! O reconhecimento conferido por outra pessoa por tê-la ajudado, libera oxitocina, um dos quatro hormônios do prazer.

O entendimento das próprias emoções vai fortalecendo a sua jornada na vida, onde o estado de harmonia, de bem-estar, vai aumentando em proporção aos seus momentos de dor emocional.

“Quem está bem, faz o bem”, é o que prega a friendsBee. E é assim, pelo bem-estar individual que construímos um mundo mais feliz.

Andréa é sócia fundadora da friendsBee. Em sua jornada de vida fez uma inflexão na carreira com o propósito de expandir a atuação, influenciando a mudança que ela quer ver no mundo corporativo. Assim, atua também como Conselheira e Consultora.

Referências citadas pela autora:

https://www.infoescola.com/ciencias/antropologia/

https://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/library/idh/relatorios-de-desenvolvimento-humano/relatorio-do-desenvolvimento-humano-20005.html

Mario Sergio Cortella – Site Oficial (mscortella.com.br)

https://www.instagram.com/p/CHYIQu5JJfN/?utm_source=ig_web_copy_link

https://www.janeirobranco.com.br

Por que nos esquecemos que somos gente?

a vida nos cobra o mesmo ritmo alucinado da correria desenfreada

Todos temos pensado um pouco mais sobre a vida nestes novos tempos.

A vida, apesar de ter sido como que “congelada” durante este ano, parece que nos cobra o mesmo ritmo alucinado da correria desenfreada dos anos anteriores.

Ganhamos mais tempo?

Teoricamente devíamos, sim, ter ganhado, pelo menos, algumas poucas horas do dia. Aqueles preciosos minutos do deslocamento para ir e vir ao trabalho, à escola, à academia, poderiam ter sido economizados e investidos em nós mesmos.

Mas fizemos isso?

Não… nós nos afogamos em meio às novas rotina impostas, sufocamos nossos sentimentos e desejos e seguimos levados pela corredeira interna de águas turvas e turbulentas.

A correria desenfreada do dia a dia continuou existente dentro de nós e, talvez agora, potencializada pelas angústias e medos que nos cercam.

Então, por que esquecemos que somos gente?

O surgimento de um vírus imprevisível que escancara o quanto somos vulneráveis e codependentes parece não ter sido suficiente para repensarmos sobre nossas fragilidades, nossa finitude.

Sim, somos gente, somos seres humanos, mortais, somos matéria, precisamos de limites, mas nos esquecemos disso. E nos deixamos levar pela corredeira da sociedade que nos coloca como super seres humanos, indestrutíveis, imortais, soberanos na Natureza, superiores a tudo e a todos.

Minha experiência – pé quebrado

Nestes dias, me lembrei  de uma ocasião em que fraturei o pé em uma viagem a trabalho e, como tinha um compromisso em uma outra cidade no dia seguinte, não tinha tempo de voltar pra casa e ainda ir ao médico antes de seguir para o novo compromisso que havia assumido.

O pé doía muito, estava bem inchado, mas não importava. Claro que, neste momento, eu nem sabia que estava efetivamente quebrado, mas a dor e o inchaço, que sinalizavam que algo estava bem errado, foram simplesmente ignorados.

Então, lá fui eu com o pé fraturado para o outro compromisso (interior, interior, interior do Estado de São Paulo) e somente no 3º dia após o ocorrido, procurei por ajuda médica. Claro que isso me custou uma semana sem poder colocar o pé no chão, dado o agravamento do quadro.

E, detalhe, quebrei o pé, simplesmente levantando de uma cadeira em um restaurante, pois não havia percebido (na loucura que me encontrava) que minha perna tinha adormecido, enquanto estava sentada almoçando.

Alimentamos um mundo frenético, caótico e neurótico, porque este mundo está dentro de nós.

No entanto, essa essência não é a nossa, aliás, essa “normalidade” fabricada é insustentável.

Nossa essência é espírito, é energia, é carne, é osso, é frágil e perecível, é mortal. Não somos máquinas, não somos invencíveis, mas nos orgulhamos, quando nos comportamos como tal.

Fato é que, quando não prestamos atenção em nós mesmos e nos esquecemos de quem somos, essa conta chega e chega bem alta. Nossa mente, nosso corpo adoecem.

Minha experiência – estrangulamento das veias cerebrais

Outra lembrança que me vem à tona, foi um quadro de transtorno mental que tive por dias, causado por um estrangulamento das veias cerebrais, provocado por estresse excessivo do trabalho. A conta chegou. Não prestei atenção ao meu corpo, aos sinais de alerta, continuei me comportando como máquina.

E tenho visto alguns números preocupantes nos últimos anos: o Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de pessoas que sofrem com a depressão, perdendo apenas dos Estados Unidos, e é o país com a maior prevalência de ansiedade do mundo, segundo pesquisa da OMS, realizada recentemente.

Em 2017, por exemplo, transtornos psíquicos afastaram mais de 178 mil pessoas do trabalho. Ou seja, mais de 100 mil pessoas em comparação ao ano anterior de 2016.

Em 2019, já se contabilizava 20 milhões de brasileiros sofrendo de burnout, 18 milhões de ansiosos e 12 milhões com depressão. Imaginem estes números no contexto da pandemia…

Dois grandes especialistas alertam:

“Doenças do tempo, que te tiram do tempo presente”, frase sábia da psiquiatra Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva que também traz a máxima que a “ansiedade é o excesso de futuro, a depressão excesso de passado e o estresse, excesso de presente”.

Como diz a Dra. Ana Beatriz, estamos no século das doenças do tempo, das doenças do pensamento que afetam, e muito, nossas emoções e, consequentemente, nossos corpos físicos.

É nítida a insatisfação da humanidade, mas parece que a corredeira de águas turvas afoga a consciência humana.

É preciso ter coragem para provocarmos as mudanças que são necessárias, para conseguirmos nos agarrar ao bote de resgate e ressignificarmos nossas jornadas. E esse resgate passa por um mergulho no autoconhecimento e autocuidado. Precisamos olhar para nós mesmos e não mais fugir de nós mesmos.

Segundo o neurologista Dr. Fabiano Moullin, “sem compreendermos nosso corpo, sem compreendermos nossos limites, não temos como buscar o equilíbrio”.

Sustentabilidade Humana

Fala-se muito hoje em Sustentabilidade no universo empresarial, mas pouco se fala em Sustentabilidade Humana, que passa justamente pelo despertar da consciência de quem somos, do que precisamos e do que queremos para nos sentir mais plenos e felizes.

PODEMOS mudar, porque esta mudança está em nós mesmos, no despertar da consciência de que a sustentabilidade humana passa por reconhecermos nossos limites, lermos os sinais dos nossos corpos e termos a coragem para dizer alguns “nãos”, para traçarmos outra rota que dê mais sentido a nossas vidas. E isso começa por uma preciosa jornada de autoconhecimento.

O tempo da Natureza não mudou. A questão é:  o que fazemos com o nosso tempo? Muita atenção à sua intenção!! Pense a respeito e tenha a coragem para mergulhar pra dentro de você mesmo e transformar as águas escuras e turvas em águas cristalinas, que te possibilitem enxergar o seu verdadeiro EU.

>>> Conheça mais sobre o trabalho da Andréa Regina em:

Website: https://asregina01.wixsite.com/arconsultoria

Insta: @areginaconsultoria

>>>Artigos Relacionados:

Felicidade: A felicidade em ser você, • friendsBee

Autoconhecimento: Nossa História – perspectiva de passado, presente e futuro • friendsBee

Toda grande força emerge de uma grande fraqueza superada

Nunca testemunhei uma vida fácil. Dentre as pessoas que conheço e aquelas cuja vida estudei, existem algumas que reclamam da vida e outras que pararam de reclamar das dificuldades e começaram a agradecer inclusive por tais dificuldades. É bem verdade que também encontro algumas num estágio intermediário: já pararam de reclamar (ao menos de verbalizar), mas ainda não agradecem pelo que passou, do jeito que foi, pelo preço que lhes custou.

É mesmo um longo caminho. Um caminho cheio de desafios, de cansaço, de confusão, de quedas e recomeços. Muitos precisamos parar pra descansar e felizes são aqueles que encontram acolhimento nestas paradas. Alguns ficam pela estrada sem nem procurar um pouso, porque se lembram das vezes que procuraram e não encontraram. Para esses é cada vez mais difícil a retomada. Quanto mais olham pras limitações, menos enxergam as motivações para prosseguir. Até certo ponto há escolhas. Depois, há não-escolhas, fruto da precariedade, num ciclo vicioso, cada vez mais escuro. A sensação é de cegueira, fraqueza e impotência.

Mas, claro, não estamos aqui – nesta vida – para parar nas impossibilidades. Viemos para aprender e exemplificar “como fazer do limão a limonada”.   

Imaginemos alguém que nasceu com “tudo pronto”, numa família que lhe provê tudo o que quer, antes mesmo dela se dar conta do que quer. O que acontece quando esta pessoa encontra uma situação de vida em que os pais já não podem prover? Que musculatura ela desenvolveu para enfrentar desafios? Que habilidades ela tem para encarar a dificuldade e começar a desbaratar os nós, um por um, até que o emaranhado se transforme numa ponte para algo melhor e maior? A pessoa que só sabe receber perde contato com a abundância dentro de si, porque sempre espera que os recursos venham de fora.

No outro extremo, imaginemos alguém que nasceu com “nada pronto”, numa família desprovida de possibilidades materiais, morais ou afetivas, sem vínculos. Que parâmetro de sucesso terá a sobrevivência desta pessoa, até chegar à vida adulta? Qual a musculatura dela para superar adversidades? Qual a sua capacidade de estabelecer relações de confiança? Considerando que a maioria de nós vive situações intermediárias, mas em muito diferentes graus de desafios, o que nos iguala em humanidade? 

Como disse Dalai Lama:

“O que todos os seres humanos têm em comum, é que todos querem ser felizes e evitar o sofrimento.”

O que nos individualiza é o COMO caminhamos para este objetivo. Sendo inevitáveis os desafios e dores neste mundo, como olhamos para eles? Em que ponto pedimos ajuda? Como valoramos o apoio que recebemos, seja das pessoas que há muito caminham ao nosso lado, seja daquelas menos prováveis. Conseguimos enxergar a bondade de quem nos estende a mão, ou fechamos os olhos de vergonha pelo que nos falta? O que o “fundo do poço” tem a nos oferecer, se não a concretude inexorável da impossibilidade de sairmos de dali sozinhos?

Pra quem sente Deus, que Deus seria capaz de criar alguns com “tudo” e outros com “nada”? Pros agnósticos ou ateus, que lógica abraçaria a alguns que atravessam a estrada da vida cantando e outros que desistem de caminhar? A única resposta em que as inteligências intelectual, emocional e espiritual convergem é a que olha para os seres vivos em conjunto.

Ninguém veio ao mundo numa jornada autocentrada. Somos interdependentes. Ensinamos e aprendemos graças a nossas decisões individuais, que podem variar. Mas sempre, necessariamente, uns com os outros.  Ou seja, querer nos conectar é um primeiro passo. Até aí vai nosso livre arbítrio. Conseguir conexões perenes requer mais que vontade; requer exercício e perseverança, num trabalho contínuo de auto conhecimento e concordância.

Bert Hellinger, conhecido pelo desenvolvimento das Constelações Familiares, falava em três concordâncias essenciais à prosperidade dos sistemas:

concordar conosco como somos, com o outro como é e com a vida como ela é.

É importante notar que o livre arbítrio não basta para transformar desejo em possibilidade. Entre um patamar e outro sempre existem desafios a serem superados.

No outro extremo, a opção pela não conexão é necessariamente temporária – ainda que leve uma vida inteira. As relações trazem riscos, sempre. Mas se nos isolamos, a vida fica sem sentido e perdemos força. E o tempo, aliado, traz oportunidade atrás de oportunidade para revermos esta opção. 

Toda grande força emerge de uma grande fraqueza superada, porque é diante da impotência que só nos resta a humildade de estender a mão e aguardar a outra mão que vem se juntar à nossa. É no fundo do poço que paramos pra olhar ao redor e pra cima.

Enquanto seguimos numa estrada reta, sentindo-nos autossuficientes, contamos apenas com o que já trazíamos. Enquanto caímos num buraco dessa estrada, olhamos pra baixo e focamos no que falta. Lá do fundo, percebemos que já sobrevivemos ao pior, que é a ilusão de caminharmos sós. De quantos buracos precisaremos pra sentir o chão que ampara o nosso peso, depende de muitos fatores. Até que aprendamos a agradecer por tudo que já somos, já sabemos, já temos, já podemos, não seremos livres e lúcidos sequer pra fazer esta conta.

Só mais uma reflexão: Toda grande força emerge de uma grande fraqueza superada porque, quando o outro nos puxa pra fora do poço, desejamos ter músculos para também puxá-lo, se ele precisar. É só na relação que a força se faz útil. 

Gabriela Assmar, advogada, mediadora e consteladora.

Para conhecer mais visite: https://viaconcordia.com.br/

Gostou do tema? leia também => https://www.friendsbee.com/beeblog/nossa-historia-perspectiva-de-passado-presente-e-futuro/

A felicidade em ser você,

seja quem for, faça o que faça, acredite no que acredite, você importa.  Você é parte da teia da vida. Um simples sorriso seu pode alegrar o dia de alguém. Palavras gentis podem levar um pouco de afeto às pessoas. Estamos todos interligados

Sua existência já impactou muitas pessoas.

Suas ações afetam quem interage contigo ativamente ou passivamente, assim como você é afetado pelas ações de outros.  Veja um exemplo simples:

Na rua você vê um bebê gargalhando. Naturalmente você sorri.

Ter esta consciência amplia a dimensão da sua vida.  Há vários aspectos que eu poderia abordar neste texto como: a relação com a natureza ou o impacto na saúde. Escolho abordar a sua verdade interior na dimensão do tempo.

O autoconhecimento nos faz tomar decisões que nos deixam em paz conosco.  No estado de paz interior a relação como o mundo exterior é mais positiva, logo o impacto que causamos é melhor.  Não significa que se vá tomar decisões para agradar às pessoas.  Como diz o dito popular que, independentemente de religião, passa a mensagem: “nem Cristo agradou a todos”. No entanto, mesmo quando anunciamos uma decisão que pode desagradar à outros, podemos escolher a forma de fazê-la.

Do que se tem controle

Apenas das nossas intenções e dos nossos atos.

Intenção existe apenas dentro de você. Já os seus atos é o que aparece para as pessoas.

A partir dos nossos atos somos interpretados e julgados inocentes ou culpados, certos ou errados.  Este julgamento já não está em suas mãos, pois decorre, em larga escala, dos Valores pessoais e da Cultura da sociedade. Pessoas impactadas diretamente ou espectadoras tiram conclusões das nossas intenções a partir da cabeça delas, ou seja, a partir do que acreditam e do que já viveram.

Do que você tem controle?

De suas intenções e seus atos.

Agir com coerência com seus Valores lhe dará tranquilidade. Se agir em oposição ao que acredita, gerará angústia. Esta angústia morará em seu peito, causará dor e incômodo, uma ferida que vai criar casquinha, mas sempre coçará e, eventualmente, voltará a sangrar.

A felicidade reside em ser você e não o que outros esperam de você. Não é simples, não é fácil, mas Ser Você é o único caminho para ser feliz.

Ah, e a vírgula no título do texto não é um erro, foi proposital. Simboliza continuidade em ser quem você é;

um eterno aprendiz, um mutante, uma metamorfose ambulante …

Andréa Destri é Presidente e sócia-fundadora da friendsBee

* Conheça a história da friendsBee : https://www.friendsbee.com/#nossa-origem

* Leia artigos anteriores da autora:

https://www.friendsbee.com/beeblog/falar-da-a-dor-e-o-primeiro-passo-para-a-cura/

https://www.friendsbee.com/beeblog/dia-mundial-da-saude-mental-10-de-outubro/